domingo, 30 de agosto de 2009

"A servidão moderna", documentário de Jean-François Brient

A servidão moderna é uma servidão voluntária, acatada pela totalidade dos escravos que se arrastam pela superfície da Terra. Adquirem, eles próprios, todas as mercadorias que os tornam cada vez mais acorrentados. Eles próprios procuram um trabalho cada vez mais alienante que alguém concordou em dar-lhes se eles estão suficientemente amansados. Escolhem, eles mesmos, os senhores que vão obedecer. Para que esta tragédia absurda possa acontecer, foi necessário despojar essa classe da consciência de toda a sua exploração e alienação. Observem bem, pois, aí, está a singular modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da Antiguidade, aos escravos da Idade Média ou aos trabalhadores das primeiras revoluções industriais, estamos, hoje, com uma classe totalmente subserviente, que não sabe ou, muitas vezes, não quer entender. Eles não vivenciam, por conseqüência, a revolta que deveria ser a única e legítima reação dos explorados. Aceitam, sem discutir, a vida miserável que alguém construiu para eles. A renúncia e a resignação são a fonte da sua desgraça.

Tempos de viragem

"A servidão moderna" (2009) é um excelente documentário de Jean-François Brient sobre o sistema totalitário mercantil em que nos encontramos submetidos. O filme desmonta as engrenagens e funcionamento da democracia liberal, que constitui o modelo dominante do mundo ocidental e que não têm nada a invejar dos sistemas totalitários que parecem criticar... Uma pequena lição, mas cheirando a verdade e realismo. Este pequeno filme, de 52 minutos, foi realizado sem qualquer preocupação relativa à propriedade intelectual e direitos autorais; é totalmente gratuito e livre para uso.

Contatos: tempsbouleverses@gmail.com

Sítio: http://www.delaservitudemoderne

Trailer do filme em castelhano:

http://www.youtube.com/watch?v=dkDgRX730FY

O filme, em francês (em breve com legendas em castelhano), está disponível em streaming em três partes:

[1] http://www.dailymotion.com/video/xa2c34_de-la-servitude-moderne1ere-partie_shortfilms

[2] http://www.dailymotion.com/video/x9v9kl_de-la-servitude-moderne-2eme-partie_shortfilms

[3] http://www.dailymotion.com/video/x9tlj5_de-la-servitude-moderne-3eme-partie_shortfilms

Tradução > Liberdade à Solta

Fonte: agência de notícias anarquistas-ana

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Entrevista

por Bruno Moreno

Passados cinco séculos do início da colonização portuguesa no Brasil, o filho de um cozinheiro português quer ajudar a resolver um dos maiores problemas criados pelos próprios ibéricos: a escravatura e as perversas formas de dominação de raça e classes após a Lei Áurea, que ficou devendo muito aos negros – aceitou a liberdade física, mas negou a econômica e a social, dentre tantas outras. Quem está se propondo a ajudar na questão é o sociólogo e escritor Boaventura de Sousa Santos, que frequentemente vem ao país e até se intitula um “brasileiro adotado”.

Ferrenho defensor das ecologias de saberes populares, Boaventura esteve em Brasília, em julho, e encontrou com a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, que, juntamente com outros dez ministros, compõe o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Pois é justamente lá, no STF, que está em curso um dos processos mais importantes para os negros no Brasil.

Vale lembrar que outro ministro que compõe o elenco de magistrados é o presidente do tribunal, Gilmar Mendes. Mas Gilmar não deve estar muito feliz com a ida de Boaventura em seu plenário. Isso porque o professor português o definiu como "uma figura patética", destacando sua publicidade excessiva na imprensa. "Nos Estados Unidos, o presidente do Tribunal não aparece na mídia como o Gilmar. No máximo, ele vai dar uma palestra em uma universidade, de vez em quando", criticou.

E deverá ser Gilmar que presidirá uma sessão que poderá ter seu resultado influenciado por Boaventura. Desde que, em 2003, o
presidente Luís Inácio Lula da Silva assinou o decreto 4.887, em 20 de novembro, a vida dos quilombolas poderia ter ganhado outros vieses, com a agilização da demarcação de suas terras. Entretanto, o então PFL, atual Democratas, tradicionalmente ligado à bancada ruralista, não gostou da proposta, e resolveu entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, contra o projeto.

Aí entra o professor Boaventura. Ele se dispôs, um pouco incomodado, a ir ao STF dar uma aula sobre a história da colonização portuguesa no Brasil, seus efeitos e injustiças históricos, para sensibilizar os ministros para a causa. Entretanto, não entende bem porque isso é necessário. “Falei com ela (Cármem Lúcia) que posso vir, mas há muito material produzido no Brasil. É só ler, é só querer ler”, questionou o professor, em palestra realizada em Belo Horizonte, dia 4 de agosto, em Belo Horizonte, a convite do Sinpro Minas.

E não é à toa que Boaventura se arrisca nessa intentona. Para ele, que lutou contra o imperialismo português que persistiu até 1975 em colônias africanas e no Timor Leste, a maior herança do colonialismo é a pífia distribuição fundiária e o racismo. Olhe um pouco à sua volta e verá que o professor tem razão.

A data da audiência pública em que Boaventura irá participar no STF ainda não está marcada. Mas parte do recado já foi dado. Quem sabe, agora, os brasileiros não estudam um pouco mais o tema em vez de rejeitá-lo?

Em entrevista exclusiva à NovaE, Boaventura detalhou seus argumentos, e também falou do governo Lula, de suas políticas ambiental e social, do agronegócio e da crise econômica mundial do capitalismo. Além disso, afirmou que o Brasil está pronto para ter uma mulher na presidência. Entretanto, ele prefere o ministro da Justiça, Tarso Genro. Confira aqui.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Nada está tão ruim que não possa piorar

por Apocalipse Motorizado

Adesivo 25x20.indd

arte: tele-tubbies
clique na imagem para ampliá-la / amplie para imprimir / imprima para colar

A notícia publicada na internet nesta segunda-feira era assustadora: “Ônibus de SP começam a transmitir programação da TV Globo”. Parecia piada de Primeiro de Abril, mas não era.

Na primeira fase do projeto, as televisões instaladas dentro de alguns ônibus da capital exibiriam trechos das novelas e de alguns programas jornalísticos no estilo programa de fofocas – apenas os “melhores momentos” com legendas em letras garrafais. Em seguida, a ideia era explorar o potencial trazido pela TV digital e transmitir ao vivo a programação para dentro dos ônibus.

Vale lembrar que o modelo da TV digital brasileira, aprovado pelo ex-funcionário da Globo e ministro das Comunicações Hélio Costa, atendeu a quase todas as exigências feitas pelas emissoras de televisão.

Um dia depois do anúncio, a Prefeitura resolveu suspender o projeto baseada em uma frágil portaria que prevê que o conteúdo das televisões dentro de ônibus deve ser enviado com uma semana de antecedência para a avaliação da SPTrans, o que inviabilizaria a exibição de programação ao vivo ou mesmo do resumo das novelas.

“Frágil” pois a história de adaptações da lei em benefício da emissora não é exceção. A Globo nasceu de uma ilegalidade: em 1962, o grupo de Roberto Marinho assinou um contrato ilegal com o grupo estrangeiro Time-Life (a participação de grupos estrangeiros em empresas de comunicação brasileiras era ilegal na época), conseguindo capital suficiente para montar o seu canal de televisão. Ficou por isso mesmo. Em 1970, a única emissora que poderia concorrer com a Globo em escala nacional (a Excelsior) teve sua concessão cassada pela ditadura militar. Nascia aí o maior monopólio comunicacional do país.

Para quem já contrariou a Constituição Federal, não será difícil superar uma portaria municipal.

A emissora que nasceu no Rio de Janeiro agora consolida seus domínios no território paulistano, centro econômico e político do podre país. A ex-prefeita Marta Suplicy chegou a mudar o nome de uma avenida em homenagem ao Cidadão Kane brasileiro. É de Marta também o projeto da ponte estaiada, concluído com euforia pela gestão Serra-Kassab e transformado antes do nascimento em “cartão postal da cidade”. Coincidentemente, o “cartão postal” fica ao lado da sede da emissora, construída no maior foco recente de especulação imobiliária, a chamada “região da Berrini”. A principal função da ponte é servir de cenário para o telediário oficial da cidade, o SPTV, exibido pela emissora dos Marinho.

O projeto de exibir conteúdo de uma emissora de televisão dentro de um espaço que, em última instância, pode ser chamado de “público” (o ônibus) é uma afronta ao bom senso e uma cusparada na cara de quem usa o (ainda) péssimo transporte público sobre pneus. Transformar um direito (o transporte) em veículo de colonização mental e tele-imbecilização compulsória é repugnante. Mais assustador ainda se considerarmos que o direito ao transporte é vendido ao cidadão.

Adesivo 25x20.indd

arte: tele-tubbies
[versão alternativa]

A inciativa da Globo não é única, ela apenas se antecipou à concorrência. Outras emissoras, como Record e Bandeirantes, também tem planos para utilizar os ônibus como veículo de tele-idiotização em massa. Sendo o transporte coletivo sobre pneus em São Paulo um grande negócio, e não um direito da população, é difícil imaginar que as iniciativas não irão vingar.

Uma televisão compulsória deve ser o sonho de todo canal de televisão na era da fragmentação digital. E certamente é mais um passo para a materialização de sonhos totalitários recorrentes na história humana.

vídeo Muito além do Cidadão Kane – a história do monopólio global
Televisores invadem ônibus de São Paulo
TVO continua a invasão privada aos ônibus de SP
TV Out, propagandas em ônibus avançam

Projetos Terapêuticos

Desde a fundação de Projetos Terapêuticos, encontramos a articulação em redes como a forma de sustentação necessária à existência. Somos uma instituição de saúde conectada à produção de projetos de vida.

Entendemos a saúde como um conceito amplo, que transversaliza os múltiplos planos que constituem o humano, os inclui e os sobrepassa. Sua complexidade não pode ser abarcada por uma única instituição de tratamento ou instância de conhecimento, sob o risco da homogeneização das subjetividades.

Nesse sentido, o trabalho clínico que desenvolvemos com pessoas que passaram por graves crises psíquicas amplia-se muito além do interior institucional e dos saberes ali constituídos. Utilizamos a potência articulatória da instituição com o território em toda sua multiplicidade e possibilidade de vínculo.

Ao longo de 6 anos de história, a instituição avança clínica, conceitual e politicamente, realizando projetos que se desdobram em intervenções sensíveis no tecido social. Partindo da inclusão como um pressuposto, e do ideal de uma sociedade para todos, buscamos ampliar a idéia da inclusão da loucura para a inclusão da diferença.

Projetos Terapêuticos conserva em si a captação dos sonhos, e a evolução da instituição se faz a partir dos sonhos que vão sendo produzidos. Existem em andamento neste momento os seguintes projetos institucionais: Clínica de Projetos, Paz na Diferença, Saúde Mental e Cidadania e Pró-Saúde.

www.projetosterapeuticos.com.br

Bolsa Agente Escola Viva 2009

até 28 de agosto
Apoiar financeiramente projetos pedagógicos que integrem Cultura e Educação e visem contribuir para um sistema de ensino com melhor qualidade. Esse é o objetivo do Bolsa Agente Escola Viva 2009.
Com recursos de mais de R$ 4,3 milhões, a Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC) disponibilizará 300 bolsas para Pontos de Cultura que desenvolvam iniciativas em parceria com escolas e organizações estudantis.
O valor recebido por cada proposta selecionada será de R$ 43.680,00, a serem divididos entre os parceiros que desenvolverão a iniciativa, da seguinte forma: R$ 10 mil para o Ponto de Cultura; R$ 20 mil para a instituição educacional; R$ 5 mil para o professor coordenador do projeto; e o restante em três bolsas mensais de R$ 380,00, por um ano, para os estudantes participantes.
No período de 15 de julho até 28 de agosto, os proponentes poderão inscrever junto à SCC/MinC o projeto pedagógico de caráter cultural conforme as especificações do edital, acompanhado da documentação exigida.
Veja edital no site www.cultura.gov.br ou clique aqui.
Fonte: MinC

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

II Encontro Internacional de boas práticas em saúde mental - ENSP/RJ

O evento é gratuito e acontecerá na ENSP - RJ. Acesse:

http://www.redsalud mental.net/ pt/noticias/ agendaeventos/ icalrepeat. detail/2009/ 10/01/41/ -/MjIwMTM5MWMyMj I2MzE4ZjJhZjIzNW JmYWU1MzAxOGM= .html

Localização : ENSP / Fiocruz - Rio de JaneiroContato/Inscrições:
inscricoes@redsalud mental.net

CADERNOS BRASILEIROS DE SAÚDE MENTAL

Cad. Bras. Sau. Mental, Vol 1, no2 maio-ago. 2009 (On line e CD-Rom)

ISSN 1984-2147
INSTRUÇÕES AOS AUTORES

OBJETIVO
Os Cadernos Brasileiros de Saúde Mental publica debates, análises e resultados de investigações sobre temas relativos à saúde mental. A revista tem como propósitos enfrentar os desafios, buscar a integração e consolidação, além de promover atualização contínua das correntes de pensamento e das práticas em saúde mental.
A revista poderá ter números temáticos, focando determinado assunto, ou abertos a temas livres.
SEÇÕES DA PUBLICAÇÃO
Editorial: responsabilidade do (s) editor (es), refletindo posições da Associação Brasileira de Saúde Mental frente a assuntos de interesse do campo da saúde mental.
Artigos originais: São artigos de revisão crítica ou resultados de pesquisas de natureza empírica, experimental ou conceitual, análises e avaliações de tendências teórico-metodoló gicas e conceituais da área. Deverão ter no máximo 20 páginas, no formato especificado abaixo na secção Apresentação de Manuscritos. .
Opinião: texto que expresse posição qualificada de um ou vários autores ou entrevistas realizadas com especialistas no assunto em debate na revista; deve ter, no máximo, 10 paginas, no formato especificado abaixo na secção Apresentação de Manuscritos. .
Resenhas: análise crítica de livro relacionado ao tema de saúde mental, publicado nos últimos dois anos, com, no máximo, cinco páginas no formato especificado abaixo na secção Apresentação de Manuscritos. . .
Cartas: crítica a artigo publicado em número anterior da revista ou nota curta, descrevendo criticamente situações emergentes no campo temático, com no máximo três páginas no formato especificado abaixo na secção Apresentação de Manuscritos. .
.Fórum: seção destinada à publicação de 2 a 3 artigos coordenados entre si, de diferentes autores, e versando sobre tema de interesse atual, com no máximo 20 no total, no formato especificado abaixo na secção Apresentação de Manuscritos. .
Observação: O limite máximo de páginas inclui texto e bibliografia, com resumo e abstract. As ilustrações (figuras e quadros) são considerados à parte.
Para saber mais

terça-feira, 11 de agosto de 2009

domingo, 9 de agosto de 2009

POR UMA REFORMA PSIQUIÁTRICA ANTIMANICOMIAL


MARCHA DOS USUÁRIOS À BRASÍLIA – POR UMA REFORMA PSIQUIÁTRICA ANTIMANICOMIAL

Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial – RENILA, com apoio de diversas entidades, está organizando para o dia 30 de setembro de 2009, a Marcha dos Usuários à Brasília – Por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial e conclama a todas as organizações, entidades e associações de usuários e familiares para se organizarem e Marchar rumo a Brasília.
Neste momento, forças contrárias à Reforma Psiquiátrica Brasileira, em movimento organizado, utilizam os meios de comunicação de massa, numa verdadeira campanha para frear e desacreditar o Sistema Único de Saúde – SUS e nossas conquistas da Luta Antimanicomial.

Nesses meios de comunicação são ouvidas autoridades e profissionais “doutores na matéria”. Casos mal sucedidos são pinçados e apresentados como regra, fragilizando o trabalho desenvolvido e influenciando negativamente a opinião pública, contra os avanços da Reforma Psiquiátrica.

A voz do usuário nunca aparece. Suas entidades não são procuradas pelos jornalistas e suas opiniões não são consideradas. Chega de covardia! Chega de manipulação da informação. Os usuários dos Serviços de Saúde Mental exigem que suas opiniões sejam levadas em consideração Os usuários durante anos, foram vítimas do abandono e da violência das internações psiquiátricas em hospitais asilares ou modernizados. São eles quem pode dizer o que querem. São eles, os que hoje frequentam os Serviços Substitutivos e que tem sua cidadania e inclusão social potencializada, é quem pode dizer que a Reforma Psiquiátrica Brasileira se constitui num patrimônio técnico, ético e político, do qual não estão dispostos a abrir mão. São eles, os usuários e familiares da Luta Antimanicomial, a prova viva de que os loucos podem viver em sociedade e que podem ser tratados em liberdade e com cidadania.

Exigimos que a voz do usuário seja ouvida!

Por isso a RENILA convida para juntos chegarmos em Marcha rumo a Brasília, partindo de todo o Brasil, onde durante todo o dia participaremos de atividades político-cultural e mostraremos nossa Força. A Marcha é um espaço de visibilidade expressão política dos usuários de Saúde Mental e suas organizações junto ao Governo Federal e a sociedade, com a finalidade de: defender o SUS, a Lei 10.216/01, reivindicar a realização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental, a Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, evidenciar o protagonismo dos usuários e fortalecer a Organização Política dos Usuários.

Vamos organizar caravanas para que os verdadeiros protagonistas possam se apresentar em Brasília, de corpo presente, suas vozes e suas reivindicações, levando ao Presidente Lula e demais autoridades legislativas e judiciárias a disposição de luta em defesa de seus direitos. Se você quer ser ouvido e lutar por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, organize sua caravana!

Ajude a construir essa Marcha!

Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial:

Associação Chico Inácio (AM), Associação. dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de João Monlevade (MG), Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais (MG), Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental do Estado de Goiás (GO), Associação Verde Esperança (MG), Associação Loucos por Você (MG), Fórum Cearense da Luta Antimanicomial (CE), Fórum Gaúcho de Saúde Mental (RS), Fórum Goiano de Saúde Mental (GO), Fórum Mineiro de Saúde Mental (MG), Instituto Damião Ximenes (CE), Movimento dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental da Bahia (BA), Movimento Pró-Saúde Mental do Distrito Federal (DF), Núcleo Antimanicomial do Pará (PA), Núcleo da Luta Antimanicomial da Paraíba (PB), Núcleo de Estudos pela Superação do Manicômio (BA), Núcleo Estadual de Saúde Mental (AL), Núcleo Estadual do Movimento da Luta Antimanicomial (RN), Núcleo Libertando Subjetividades (PE) e Núcleo Por Uma Sociedade Sem Manicômios (SP)

Acompanhe o processo de mobilização: http://marchadosusu arios.blogspot. com/

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Entrevista Edgar Morin

”Nosso pensamento está muito preso ao passado”

Para Edgar Morin, intelectuais devem ampliar participação nas reformas do mundo atual

Antonio Gonçalves Filho - O Estado SP

Aos 88 anos, o filósofo, sociólogo, historiador e economista francês Edgar Morin trocou a revolução (”reduzida a uma dimensão violenta”) pela metamorfose, que, para ele, traduz uma “transformação natural e radical”; ao mesmo tempo, prossegue investindo contra a onda neoliberal que virou tsunami no mundo globalizado e, sobretudo, proclama o surgimento de uma religião da fraternidade, resultante do fato “de estarmos perdidos e, assim, necessitarmos uns dos outros”. Se há, como sempre, combatividade em suas palavras, o que se nota hoje neste que se destaca como um dos mais vigorosos pensadores em atividade na Europa é uma absoluta crença num futuro mais humanista - que, para tanto, passa pelo Brasil.

Morin, a propósito, passou pelo País no último mês, a convite do diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda. Veio para o relançamento da página dedicada a ele no Portal SescSP. E aproveitou para proferir - com o apoio do espaço cultural Universo do Conhecimento -, uma palestra sobre a urgência de um novo modelo geopolítico, Pensar o Sul. Depois dela, recebeu a reportagem do Estado para uma entrevista exclusiva.

Nela, Morin anunciou uma nova montagem de seu clássico documentário Crônica de Um Verão, feito em parceria com Jean Rouch em 1960. Comentou também assuntos relacionados a três livros seus recentemente lançados, O Ano Zero da Alemanha (Editora Sulina, 319 págs., R$ 60) e, pela Bertrand Brasil, O Mundo Moderno e a Questão Judaica (208 págs., R$ 35), Cultura e Barbárie Europeias (108 págs., R$ 29), e o segundo volume de Cultura de Massas no Século XX - Necrose (208 págs., R$ 35).

De todos, o mais controvertido talvez seja O Mundo Moderno e a Questão Judaica, em que Morin - judeu marrano que abordou, entre outros temas, o preconceito racial em Crônica de Um Verão - afirma que o Estado de Israel possui uma marca dominadora e colonizadora. Na entrevista, ele não se mostra otimista a respeito de uma solução política entre judeus e palestinos. Defende a intervenção no plano internacional dos EUA e países europeus - e não teme que o chamem mais uma vez de traidor. Lembra que já foi chamado assim em relação à França por sua oposição à guerra da Argélia e também de “traidor do socialismo” por haver resistido à sedução stalinista. Está pronto para ser chamado de “traidor dos judeus” por ter manifestado sua “compaixão pelos palestinos que sofrem as misérias e humilhações de uma ocupação”.

Na entrevista a seguir são reproduzidos excertos de uma conversa que durou mais de três horas. Entusiasmado, Edgar Morin pediu que ela se prolongasse por mais um dia, pois queria falar sobre a “grandeza do Brasil”. Como Stefan Zweig, ele acredita que este seja mesmo “o país do futuro”, mas que precisa, antes, enfrentar seu maior obstáculo: a corrupção. E sugere para isso uma reforma no campo educacional, defendendo a transdisciplinaridade e o incentivo à ideia de solidariedade, que irá prevalecer necessariamente no futuro, segundo o filósofo.

Os trunfos do Brasil em relação ao restante do mundo, diz Morin, estão na miscigenação cultural e na biodiversidade da Amazônia. Se o País souber aproveitar isso, assegura, poderá assumir a liderança mundial num projeto reformista que implique uma mudança multidimensional “conduzida por homens de boa vontade para criar uma nova civilização”.

*Para continuar lendo todo a entrevista clique aqui.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

I Encontro Paulistano da ABRAPSO A Formação do Psicólogo Social e as Perspectivas Profissionais

É com imensa Alegria que, em nome da coordenação do Núcleo São Paulo Capital, venho divulgar o I Encontro Paulistano da ABRAPSO. O mesmo ocorrerá na USP - Escola de Artes, Ciências e Humanidades - localizada no Km 17 da Rodovia Ayrton Sena. O tema geral é A formação do Psicólogo Social e as Perspectivas Profissionais. No final do encontro realizaremos a Assembléia do Núcleo, motivo pelo qual convocamos a tod@s @s associad@s vinculados ao núcleo a comparecerem. Haverá oportunidade para apresentação de Posteres no Encontro e não haverá inscrições. Aqueles que assim desejarem apresentar seus trabalhos tragam o material e no dia prepararemos certificados. A intenção dessa sessão é mais compartilhar as produções e fazeres em PSO do que qualquer outra coisa e por isso não faremos seleção de trabalhos. Por fim, será um prazer recebermos membros de outros núcleos que queiram participar do encontro e apresentar seus trabalhos. Abaixo segue em anexo a Programação

Cordialmente
Alessandro Soares da Silva
Secretário do Núcleo São Paulo Capital

15 de Agosto de 2009

Local: Escola de Artes, Ciências e Humanidades – USP (EACH USP)
Km 17 da Rodovia Ayrton Senna
Mesa de Abertura
09:00 – 10:30
A Formação em Psicólogo Social
Nilma Silva – UNESP/ Psresidente da Regional São Paulo
Salvador Sandoval – PUCSP / Coordenador do Núcleo São Paulo
Alessandro Soares da Silva – USP/Secretário do Núcleo São Paulo
Cecília Pescatore – PUCSP
Mesa I
10:30 – 12:00
A Formação e a Identidade do(a) Psicólogo(a) Social
Antonio da Costa Ciampa – PUCSP
Eda Tassara – USP
José Leon Crochik – USP
Salvador Sandoval – PUCSP
Sessão de Posteres
13:00 - 14:00
Sagão dos Auditórios
Mesa II
14:00 – 16:00
Perspectivas Profissionais em Psicologia Social
Odair Sass – PUCSP
Odair Furtado – PUCSP
Soraia Ansara – Estácio de Sá
Marisa Batista – São Marcos (a confirmar)
Mesa III
16:20 – 18:20
Perspectivas Profissionais em Psicologia Social
Sigmar Malvesi – USP (a confirmar)
Alessandro Soares da Silva – USP
Elizabete Franco Cruz – USP
Bader Sawaia – PUCSP
Lançamento de Livros
18:20 – 19:00
Assembléia do Núcleo São Paulo
19:00 – 20:30

II Concurso ABRAPSO


Prezados(as)
A Comissão Organizadora do II Concurso ABRAPSO de Teses, Dissertações e Artigos de Monografias prorrogou as inscrições para submissões de trabalhos para 17/08/2009.
Assegurando a publicação dos trabalhos premiados (Teses e Dissertações em formato de livros; Artigos de monografias com publicação garantida na Revista Psicologia & Sociedade), o concurso visa incentivar a produção e a divulgação científica de estudos desenvolvidos na área da Psicologia Social no Brasil.

O Concurso é dirigido para estudantes de Pós-Graduação em Psicologia ou áreas afins, cuja defesa de Tese ou Dissertação ocorreu entre junho de 2007 e junho de 2009 e para estudantes de Graduação em Psicologia que colaram grau no Curso de Psicologia também entre junho de 2007 e junho de 2009. O resultado do concurso será anunciado no Encerramento do XV Encontro Nacional da ABRAPSO, dia 2 de novembro de 2009.
Dúvidas e maiores informações: 2concursoteses@abrapso.org.br
Inscreva-se! Publique sua tese, dissertação ou artigo de monografias (TCC, PIBIC etc)!
Saudações
Comissão Organizadora do II Concurso

Curso de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais

VI Curso de Extensão JPPS
Uma realização NETCCON.ECO.UFRJ e ANDI
De 3 de agosto a 28 de novembro de 2009, sempre às segundas-feiras

Atenção: Conforme determinação do reitor da UFRJ as aulas só poderão iniciar em 17 de agosto.

Estão abertas as inscrições para a 6ª. edição do curso de extensão JPPS-Jornalismo de Políticas Públicas Sociais da UFRJ, uma realização do Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ e da Agência de Notícias dos Direitos da Infância -ANDI.

O curso de extensão, aberto para todas as pessoas, é gratuito e fornece certificado porém tem um número limitado de vagas. Teve no semestre passado (1º semestre de 2009) mais de 430 pedidos de inscrição. Ele inicia no dia 03 de Agosto, ocorre todas as segundas-feiras das 9h30m às 13h, à exceção de dois dias que serão de dia inteiro, pois serão Seminários especializados, e é coordenado pelo Prof. Evandro Vieira Ouriques, que coordena o NETCCON e dirige a área de Comunicação e Cultura do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-SP.

Oferecido desde 2007/1, o curso contribui para o aprofundamento de um pensamento novo no campo das relações entre Comunicação, Liderança e Ação Política, potencializando assim a qualidade da formação continuada de jornalistas, comunicadores e lideranças, através de uma reflexão sobre a cobertura das políticas públicas sociais em geral e de políticas para a infância e adolescência em particular.

Este semestre o curso está estruturado em 15 encontros, sendo 12 encontros de uma manhã, dois Seminários de dia inteiro, três dinâmicas da Rede JPPS, três almoços de convívio e uma festa de formatura, encerrando-se em 28 de novembro.

Entre os convidados estão por exemplo Veet Vivarta, Jailson Silva, Lia Diskin, Carmen Lozza, Augusto de Franco, Marcus Vinicius Faustini, Guilherme Canela, Bia Barbosa, João Brant, Fernando Paulino, Tião Santos, André Trigueiro, André Urani, Michel Misse, Dominic Barter, Rosa Alegria e Ladislau Dowbor.

Os selecionados participam do Curso e passam a integrar a Rede Território JPPS, perene, colaborativa e solidária, que continuará a trocar experiências, conhecimentos e experiências e que hoje já conta com cerca de 700 jornalistas, comunicadores e lideranças sociais e organizacionais.

Resultados com lista dos selecionados neste link.

JPPS
Curso de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais
NETCCON.ECO.UFRJ e ANDI