O Instituto Cervantes  apresenta seu simpósio internacional "Quem teme as mulheres?", com a curadoria  de Guita Grin Debert. As palestras/encontros acontecerão ao longo do mês de  junho, nas terças-feiras, das 19h às 21h, sempre no Espaço Cultural do  Instituto, Av. Paulista, 2439.
As últimas décadas foram marcadas  por mudanças radicais na experiência das mulheres vivendo em diferentes  contextos e condições. Quais são os significados destas transformações? Que  tipos de reações elas provocam na nossa sociedade? Como redefinem os imperativos  de masculino e de feminino?
O objetivo deste simpósio  internacional é discutir essas questões, contrastando atitudes, situações e  empreendimentos políticos, especialmente no contexto da cultura brasileira e da  cultura hispânica. Transições, saltos ou abismos que se produziram em nossas  sociedades nos últimos cem anos causando uma extraordinária redistribuição das  funções sociais que tratamos de identificar e até analisar por meio de todos os  suportes: cinema, vídeo, pensamento, literatura e artes  visuais.
O simpósio faz parte do programa  "Quem teme as mulheres?", que o Instituto Cervantes desenvolve durante o ano de  2010 dando continuidade ao que já foi oferecido, como a exposição Subjetivo Feminino, que apresentou  fotografias de Cláudia Jaguaribe, Erica Bohm, Flávia Junqueira e Nicola  Constantino.  O MIS já apresentou o ciclo de cinema Mulheres a frente atrás das câmeras.  Durante o simpósio o Espaço Cultural do Instituto Cervantes acolherá a exposição  Um olhar caleidoscópico, de  Rochelle Costi. Nesta exposição a artista explora, com humor e ironia, até mesmo  sua própria identidade corporal, subvertendo os limites entre a obra de arte e o  espaço da realidade cotidiana.
1/6 – As mulheres no mundo trabalho: vicissitudes na era da flexibilidade.
          Judith Astelarra Bonomi. Socióloga, professora titular da Universidad Autonoma de Barcelona  (Espanha).
          Helena Hirata. Socióloga brasileira, diretora de pesquisa do Centro  Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS), pesquisadora visitante na  UNICAMP e na USP.
Como vem sendo definida a relação  entre vida profissional e vida familiar? Quais são as carreiras em que a  presença da mulher é marcante? Pode-se dizer que há um feminização do mundo do  trabalho? É possível identificar novas formas de segregação ocupacional? A  comparação de contextos europeus, asiáticos e latino-americanos oferece um  quadro instigante das transformações no sentido do trabalho e das carreiras  ocupacionais para homens e mulheres de diferentes gerações no mundo  contemporâneo.
8/6 – Masculinidade/ feminilidade: maternidade, sexualidade e as novas etapas da vida adulta.
          Dora Barrancos. Historiadora da Universidade de Buenos Aires, diretora do  Instituto Interdisciplinario de Estudios de Gênero.
          Márcia Tiburi. Filósofa da Universidade Mackenzie é colunista da Revista Cult e participante do programa  Saia Justa do canal  GNT.
Os avanços tecnológicos apontam a  possibilidade da gravidez em idades cada vez mais avançadas, mas “gravidez na  adolescência” se transformou num dos grandes problemas sociais. É, também, cada  vez maior o número de filhos que mesmo em idade adulta continuam morando na casa  dos pais. A imagem das mulheres de 40 anos não é mais a de seres condenados à  passividade própria de quem inicia a marcha irreversível da velhice. Como essas  mudanças no curso da vida criam novos mercados de consumo, redesenham a oferta  de bens e serviços e redefinem masculinidades e feminilidades? 
22/6 – Presença e sensibilidade da mulher na arte atual: literatura, artes plásticas e teatro.
          Adelina Sánchez Espinosa. Crítica Literária da Universidad de Granada e coordenadora do  GEMMA (Erasmus Mundus Master´s Degree in  Women’s and Gender Studies).
          Regina Silveira. Artista e docente da Escola de Comunicação e Arte (ECA)  da Universidade de São Paulo.
Até o século XIX era rara a  presença das mulheres no mundo das artes. Qual é o significado da presença cada  vez mais ativa de mulheres nesse território? Seria o mercado das artes menos  segregacionista do que outras esferas profissionais e, portanto, mais aberto à  exposição de obras e a conquista da fama e do sucesso pelas mulheres? A  representação artística do feminino pode ganhar contornos distintos nesse novo  contexto? Em que medida as clivagens de gênero criam novas concepções sobre as  mulheres, suas tarefas e seu destino?    
29/6 – Gênero e sexualidade
          Dolores Juliano. Antropóloga da Faculdade de Geografia e História da  Universidad de Barcelona  (1984-2001) e vice-presidente da LICIT, Línea de investigación y cooperación con inmigrantes  trabajadoras sexuales (2001).
          Maria Filomena Gregori. Antropóloga da Universidade Estadual de Campinas  (UNICAMP), pesquisadora do Pagu-Núcleo de Estudos de Gênero da UNICAMP e do  CNPq.
Prostituição e pornografia são  temas em debate que dividem os diferentes movimentos e teorias feministas. As  dimensões variadas do mercado e da demanda por sexo e sensualidade ganham  significados distintos num contexto em que o tráfico internacional de pessoas  tem ocupado um espaço cada vez maior nas agendas nacionais e internacionais. É  possível falar numa sexualidade politicamente correta? Num contexto em que a  indústria do sexo se amplia é importante saber quem são seus usuários e qual o  caráter dos bens que estão sendo oferecidos.
Serviço:
Auditório do Instituto Cervantes
1º, 08, 22 e 29 de junho, das 19h às 21h
Entrada gratuita
Informações à Imprensa
Instituto Cervantes de São Paulo
Juliana Frutuoso
Tel: 3897-9609
E-mails: cultsao2@cervantes. es
 
Ótimo evento, gostaria de estar presente.
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