Uma querida me disse:
"Acabei de assistir a Alamar.
Primeiro quero te agradecer por me emprestar esse filme. Belíssimo, emocionante. Estou até agora encantada pela harmonia entre a poética da imagem, a poética da relação de amizade e de amor entre as pessoas – sobretudo entre o pai e o filho – e a poética da vida. Enfim, o cara consegue delicadamente promover uma estreita relação entre a poética da vida e poética da arte, em momentos em que não sabemos que é uma coisa e o que é outra, onde começa uma e termina a outra ou, se elas estão imbricadas de uma forma indissociável. Talvez como devesse ser – pelo menos uma parte – da nossa vida... Enternecedor.
O que é aquele crocodilo que mora ao lado da casa deles? E aquela relação de amor com a garça? E o pai que entra no faz de conta do filho em busca da garça Blanquita? Muito bonito. Lindo o desejo do pai de apresentar ao filho tudo aquilo de mais bonito que ele conhece e vive. Pra mim é como se escutasse ele dizer: o mar é lindo, meu filho tem que conhecê-lo; a natureza é bela, meu filho tem que conhecê-la, apreciá-la e respeitá-la; ele precisa aprender a pescar; a cuidar da sua própria casa, da sua comida, de si, dos outros. Um filme sobre a o amor, a amizade, a paciência e o cuidado consigo e com o outro. Lindo. Faz pensar na responsabilidade que temos com o mundo e com aqueles que, de alguma forma, introduzimos nele."
"A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele e, com tal gesto, salva-lo da ruína que seria inevitável não fosse a renovação e a vinda dos novos e dos jovens. A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum." (Hannah Arendt)
obrigado Alê!
obrigado Alê!
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