domingo, 14 de junho de 2009

Desafios para a Psicologia Social: Repensar São Paulo

O governo de São Paulo continua apresentando obras bilionárias cujo objetivo é melhorar o fluxo dos milhões de veículos que circulam diariamente pelas ruas da capital. Sem sombra de dúvidas, se essa verba fosse destinada a investimentos em transporte coletivo público, em outros meios de locomoção – inclusive calçadas decentes – teríamos a solução para a imobilidade que vivemos na cidade.

Quando gritamos por verba para educação, transportes e até lazer de qualidade, o argumento é sempre a falta de verba. O que ocorre, então para que sempre haja verbas para a construção de túneis, pontes e “adequações viárias” BILIONÁRIAS?!

Além disso, ainda que tiv~essemos infinitos recursos, é notório que não é o aumento do número de vias que solucionará os problemas de mobilidade na cidade. O trânsito se deve a muitos outros fatores, dentre os quais se destacam a concentração de demanda por serviços, a marginalização das moradias populares e ao próprio planejamento viário que destrói a cidade, hostilizando os cidadãos que dela queiram – ou precisem – fazer parte.

Por isso, vamos discutir esse aspecto das obras viárias apresentadas pelos governos Estadual e Municipal, questionar a verdadeira moeda de troca das empreiteiras e os “favores” à indústria automobilística.

*encontrado em Ecologia Urbana

quarta-feira, 10 de junho de 2009

História de vida.

Um dia o cineasta Walter Salles subiu o morro do Cantagalo, no Rio, à procura de novas expressões artísticas. De lá, saiu com um documentário e uma descoberta: Adão Dãxalebaradã. Waltinho foi levado à casa desse músico desconhecido por Luanda, caçula dos filhos de Adão e bailarina do projeto Dançando para Não Dançar. O diretor de Central do Brasil ficou impressionado com o compositor, de mais de 500 canções, e o apresentou à sua parceira Daniela Thomas e ao irmão dela, o produtor musical Antônio Pinto. “Fiquei obcecado em registrá-lo. Adão tem um discurso de contestação, de paz, mas com olhar particular”, disse Antônio. Hipnotizados pela mistura de sons – reggae, samba, afro-beat, rap – e pelas letras vigorosas, os três decidiram revelar Adão. O resultado foi o disco Escolástica, o documentário Somos Todos Filhos da Terra e o videoclipe Armas e Paz.

Sobrevivente de emboscadas da polícia e de bandidos, levou 12 tiros. Quatro foram de metralhadora, e foi perseguido por 30 homens da polícia especial. Segundo Adão, o motivo foi ele ter sido excluído do Exército, conforme crê, por preconceito racial. Passou a pregar peças no coronel responsável pela sua exclusão. Em plena ditadura militar, conta ter sido até torturado. Um dos tiros de metralhadora ficou a um dedo do coração, e Adão passou meses no hospital.

A última bala ele levou quando tentava se afastar da violência do morro, como mecânico, em 1973. Em tese, foi assalto. Quis reagir e, sem ver que havia outro bandido atrás, foi alvejado. O tiro o deixou numa cadeira de rodas. “Sou semiparaplégico, consigo andar segurando nas coisas, tomar banho sozinho, fazer sexo", dizia. "Na verdade o tiro foi um mal que veio para bem, pois descobri as coisas da Umbanda e do Candomblé”. Daxãlebaradã é uma qualidade de Xangô que significa “Princípio, Meio e Fim”. Este foi o nome espiritual que adotou desde então.

Adão começou a fazer música aos cinco anos: “Meus pais eram crentes. Fazia hino de igreja”. Sua brincadeira era imitar o pastor. Aos oito anos, fugiu de casa e foi morar na rua. “Não tinha liberdade, era criado na base da pancada. Não podia jogar bola de gude nem soltar pipa porque eram coisas do diabo”, lembrava ele, o mais velho de nove irmãos. “Só podia brincar no porão. Não podia me misturar com filhos de pessoas que não eram da igreja.”
Na rua, sobrevivia com o que lhe davam. Foi encaminhado a uma instituição para menores, onde ficou dos 9 aos 17 anos. Foi guia espiritual de sua comunidade e por ser ligado às raízes afro-brasileiras, compôs cerca de 500 músicas sobre o tema. Residia no Morro do Cantagalo, em Ipanema. Faleceu no Hospital Miguel Couto, segundo alguns, vítima de uma Hepatite C com infecção generalizada, sendo enterrado no cemitério São João Batista, mas há muitos que juram que Adão incomodou o pessoal do tráfico, quando fêz a música "armas e paz", um protesto criticando o tráfico de armas e sua morte foi "repentina" e estranha demais...
A música de Adão é forte, cheia de fúria, com as letras focadas na injustiça de todos os matizes. Tocava apenas um atabaque - que era como compunha suas músicas - e muita gente achava que fazia parte da galera do funk carioca, o que o produtor Antônio Pinto provou não ser verdade, pois construiu junto com Adão um dos discos mais lindos da história da música brasileira. Adão era um homem de raiva e de fé, raiva dos poderosos que manipulam idéias para manter os homens escravizados, raiva da apatia dos seus iguais e fé na força de suas origens no Orun e nos rios da África, que o inspiravam na sua pregação libertária. Com uma voz rouca e profunda, forjada na tristeza e na difícil vida que levou, ela soa como se viesse de antes dos tempos, tempos melhores que estes que o fizeram vítima da violência. Adão foi uma perda, quase despercebida pelos homens, mas certamente, será sempre lembrado pelos deuses.
Deixou dois filhos: Ortinho e Luanda.
Obrigado Yan Kaô! Todas as palavras aqui foram dele.

domingo, 7 de junho de 2009

1ª Conferência Internacional do Teatro do Oprimido

Um tributo a Augusto Boal e à continuidade de sua obra

20 a 26 de julho de 2009, no Rio de Janeiro

Com alegria e esperança renovadas, confirmamos a realização da 1ª Conferência Internacional do Teatro o Oprimido a realizar-se de 20 a 26 de julho de 2009 no Conjunto Cultural da Caixa - Teatro Nelson Rodrigues e Teatro de Arena -, na cidade do Rio de Janeiro. O evento será um tributo a Augusto Boal e sua obra, e um marco histórico para a continuidade de seu trabalho e desenvolvimento de seu Método. Informações atualizadas poderão ser lidas no site www.ctorio.org.br.

Conferência Internacional do Teatro do Oprimido:

A programação relacionada à Conferência será gratuita e aberta ao grande público, mediante inscrição. Os interessados devem preencher e enviar a ficha de inscrição anexa para helensarapeck@ctorio.org.br c/c geobritto@ctorio.org.br, até 20 de junho de 2009. A inscrição será confirmada através de carta-convite.

20/07 - Cerimônia de abertura com coquetel de lançamento da sexta edição da revista Metaxis, a publicação do Centro de Teatro do Oprimido, instituição da qual Augusto Boal foi o diretor artístico por vinte anos;

21 a 23/07 - Painéis de discussão sobre o impacto da aplicação do Teatro do Oprimido em diversas regiões do mundo e em diferentes áreas temáticas;

21 a 24/07 - Mostra Internacional de Vídeos;

21 a 24/07 - Apresentações de espetáculos de Teatro-Fórum com sessões de Teatro Legislativo;

21 a 26/07 - Exposição de produções da Estética do Oprimido.

Encontro Internacional de Praticantes do Teatro do Oprimido:

De 24 a 26 de julho, acontecerá o Encontro Internacional de Praticantes do Teatro do Oprimido, exclusivo para convidados. Grupos, projetos e instituições com reconhecida atividade com o método do Teatro do Oprimido em suas regiões e países, interessados em participar do Encontro devem preencher e enviar o questionário em anexo, em nome do representante escolhido, para barbarasantos@ctorio.org.br, até 05 de junho. Por se tratar de um Encontro Internacional haverá limite de vagas por país. A seleção dos participantes levará em conta nível de formação, tempo de experiência, relevância, dimensão e impacto das ações realizadas. A participação será confirmada através de carta-convite.

Atenciosamente,

Bárbara Santos, socióloga e curinga do Centro de Teatro do Oprimido

www.ctorio.org.br

Congresso Internacional Habermas 80 Anos

16, 17 e 18 de setembro de 2009 (data prevista)

O congresso busca prestar uma justa homenagem a JÜRGEN HABERMAS pelos seus produtivos 80 anos. Habermas representa a continuidade dos ideais da Escola de Frankfurt, que a partir das análises da teoria da sociedade desenvolvida segundo uma mudança de paradigma por ele introduzida, revigorou as análises das patologias da sociedade capitalista do século XX, e que, no presente estado de desenvolvimento da sociedade global se apresenta ainda com todo vigor e vigência. Na oportunidade, o congresso pretende reuinir gerações de pesquisadores que, a partir da obra de Habermas, desevolveram críticas e análises de aspectos relevantes do mundo contemporâneo.

Local: Auditório da Reitoria - Campus I - UFPB - João Pessoa-PB
Realização: GP Hermes/CNPq
Site:

Congresso

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Adeus, General Motors.

por Michael Moore (traduzido daqui por luddista)

Escrevo na manhã que marca o fim da toda-poderosa General Motors. Quando chegar a noite, o Presidente dos Estados Unidos terá oficializado o ato: a General Motors, como conhecemos, terá chegado ao fim.

Estou sentado aqui na cidade natal da GM, em Flint, Michigan, rodeado por amigos e familiares cheios de ansiedade a respeito do futuro da GM e da cidade. 40% das casas e estabelecimentos comerciais estão abandonados por aqui. Imagine o que seria se você vivesse em uma cidade onde uma a cada duas casas estão vazias. Como você se sentiria?

É com triste ironia que a empresa que inventou a “obsolescência programada” – a decisão de construir carros que se destroem em poucos anos, assim o consumidor tem que comprar outro – tenha se tornado ela mesma obsoleta. Ela se recusou a construir os carros que o público queria, com baixo consumo de combustível, confortáveis e seguros. Ah, e que não caíssem aos pedaços depois de dois anos. A GM lutou aguerridamente contra todas as formas de regulação ambiental e de segurança. Seus executivos arrogantemente ignoraram os “inferiores” carros japoneses e alemães, carros que poderiam se tornar um padrão para os compradores de automóveis. A GM ainda lutou contra o trabalho sindicalizado, demitindo milhares de empregados apenas para “melhorar” sua produtividade a curto prazo.

No começo da década de 80, quando a GM estava obtendo lucros recordes, milhares de postos de trabalho foram movidos para o México e outros países, destruindo as vidas de dezenas de milhares de trabalhadores americanos. A estupidez dessa política foi que, ao eliminar a renda de tantas famílias americanas, eles eliminaram também uma parte dos compradores de carros. A História irá registrar esse momento da mesma maneira que registrou a Linha Maginot francesa, ou o envenenamento do sistema de abastecimento de água dos antigos romanos, que colocaram chumbo em seus aquedutos.

Pois estamos aqui no leito de morte da General Motors. O corpo ainda não está frio e eu (ouso dizer) estou adorando. Não se trata do prazer da vingança contra uma corporação que destruiu a minha cidade natal, trazendo miséria, desestruturação familiar, debilitação física e mental, alcoolismo e dependência por drogas para as pessoas que cresceram junto comigo. Também não sinto prazer sabendo que mais de 21 mil trabalhadores da GM serão informados que eles também perderam o emprego.

Mas você, eu e o resto dos EUA somos donos de uma montadora de carros! Eu sei, eu sei – quem no planeta Terra quer ser dono de uma empresa de carros? Quem entre nós quer ver 50 bilhões de dólares de impostos jogados no ralo para tentar salvar a GM? Vamos ser claros a respeito disso: a única forma de salvar a GM é matar a GM. Salvar a preciosa infra-estrutura industrial, no entanto, é outra conversa e deve ser prioridade máxima.

Se permitirmos o fechamento das fábricas, perceberemos que elas poderiam ter sido responsáveis pela construção dos sistemas de energia alternativos que hoje tanto precisamos. E quando nos dermos conta que a melhor forma de nos transportarmos é sobre bondes, trens-bala e ônibus limpos, como faremos para reconstruir essa infra-estrutura se deixamos morrer toda a nossa capacidade industrial e a mão-de-obra especializada?

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arte: streetsblog sf

Já que a GM será “reorganizada” pelo governo federal e pela corte de falências, aqui vai uma sugestão ao Presidente Obama, para o bem dos trabalhadores, da GM, das comunidades e da nação. 20 anos atrás eu fiz o filme “Roger & Eu”, onde tentava alertar as pessoas sobre o futuro da GM. Se as estruturas de poder e os comentaristas políticos tivessem ouvido, talvez boa parte do que está acontecendo agora pudesse ter sido evitada. Baseado nesse histórico, solicito que a seguinte ideia seja considerada:

1. Assim como o Presidente Roosevelt fez depois do ataque a Pearl Harbor, o Presidente (Obama) deve dizer à nação que estamos em guerra e que devemos imediatamente converter nossas fábricas de carros em indústrias de transporte coletivo e veículos que usem energia alternativa. Em 1942, depois de alguns meses, a GM interrompeu sua produção de automóveis e adaptou suas linhas de montagem para construir aviões, tanques e metralhadoras. Esta conversão não levou muito tempo. Todos apoiaram. E os nazistas foram derrotados.

Estamos agora em um tipo diferente de guerra – uma guerra que nós travamos contra o ecossistema, conduzida pelos nossos líderes corporativos. Essa guerra tem duas frentes. Uma está em Detroit. Os produtos das fábricas da GM, Ford e Chrysler constituem hoje verdadeiras armas de destruição em massa, responsáveis pelas mudanças climáticas e pelo derretimento da calota polar.

As coisas que chamamos de “carros” podem ser divertidas de dirigir, mas se assemelham a adagas espetadas no coração da Mãe Natureza. Continuar a construir essas “coisas” irá levar à ruína a nossa espécie e boa parte do planeta.

A outra frente desta guerra está sendo bancada pela indústria do petróleo contra você e eu. Eles estão comprometidos a extrair todo o petróleo localizado debaixo da terra. Eles sabem que estão “chupando até o caroço”. E como os madeireiros que ficaram milionários no começo do século 20, eles não estão nem aí para as futuras gerações.

Os barões do petróleo não estão contando ao público o que sabem ser verdade: que temos apenas mais algumas décadas de petróleo no planeta. À medida que esse dia se aproxima, é bom estar preparado para o surgimento de pessoas dispostas a matar e serem mortas por um litro de gasolina.

Agora que o Presidente Obama tem o controle da GM, deve imediatamente converter suas fábricas para novos e necessários usos.

2. Não coloque mais US$30 bilhões nos cofres da GM para que ela continue a fabricar carros. Em vez disso, use este dinheiro para manter a força de trabalho empregada, assim eles poderão começar a construir os meios de transporte do século XXI.

3. Anuncie que teremos trens-bala cruzando o país em cinco anos. O Japão está celebrando o 45o aniversário do seu primeiro trem bala este ano. Agora eles já têm dezenas. A velocidade média: 265km/h. Média de atrasos nos trens: 30 segundos. Eles já têm esses trens há quase 5 décadas e nós não temos sequer um! O fato de já existir tecnologia capaz de nos transportar de Nova Iorque até Los Angeles em 17 horas de trem e que esta tecnologia não tenha sido usada é algo criminoso. Vamos contratar os desempregados para construir linhas de trem por todo o país. De Chicago até Detroit em menos de 2 horas. De Miami a Washington em menos de 7 horas. Denver a Dallas em 5h30. Isso pode ser feito agora.

4. Comece um programa para instalar linhas de bondes (veículos leves sobre trilhos) em todas as nossas cidades de tamanho médio. Construa esses trens nas fábricas da GM. E contrate mão-de-obra local para instalar e manter esse sistema funcionando.

5. Para as pessoas nas áreas rurais não servidas pelas linhas de bonde, faça com que as fábricas da GM construam ônibus energeticamente eficientes e limpos.

6. Por enquanto, algumas destas fábricas podem produzir carros híbridos ou elétricos (e suas baterias). Levará algum tempo para que as pessoas se acostumem às novas formas de se transportar, então se ainda teremos automóveis, que eles sejam melhores do que os atuais. Podemos começar a construir tudo isso nos próximos meses (não acredite em quem lhe disser que a adaptação das fábricas levará alguns anos – isso não é verdade)

7. Transforme algumas das fábricas abandonadas da GM em espaços para moinhos de vento, painéis solares e outras formas de energia alternativa. Precisamos de milhares de painéis solares imediatamente. E temos mão-de-obra capacitada a construí-los.

8. Dê incentivos fiscais àqueles que usem carros híbridos, ônibus ou trens. Também incentive os que convertem suas casas para usar energia alternativa.

9. Para ajudar a financiar este projeto, coloque US$ 2,00 de imposto em cada galão de gasolina. Isso irá fazer com que mais e mais pessoas convertam seus carros para modelos mais econômicos ou passem a usar as novas linhas de bondes que os antigos fabricantes de automóveis irão construir.

Bom, esse é um começo. Mas por favor, não salve a General Motors, já que uma versão reduzida da companhia não fará nada a não ser construir mais Chevys ou Cadillacs. Isso não é uma solução de longo prazo.

Cem anos atrás, os fundadores da General Motors convenceram o mundo a desistir dos cavalos e carroças por uma nova forma de locomoção. Agora é hora de dizermos adeus ao motor a combustão. Parece que ele nos serviu bem durante algum tempo. Nós aproveitamos restaurantes drive-thru. Nós fizemos sexo no banco da frente – e no de trás também. Nós assistimos filmes em cinemas drive-in, fomos à corridas de Nascar ao redor do país e vimos o Oceano Pacífico pela primeira vez através da janela de um carro na Highway 1. E agora isso chegou ao fim. É um novo dia e um novo século. O Presidente – e os sindicatos dos trabalhadores da indústria automobilística – devem aproveitar esse momento para fazer uma bela limonada com este limão amargo e triste.

Ontem, a última sobrevivente do Titanic morreu. Ela escapou da morte certa naquela noite e viveu por mais 97 anos.

Nós podemos sobreviver ao nosso Titanic em todas as “Flint – Michigans” deste país. 60% da General Motors é nossa. E eu acho que nós podemos fazer um trabalho melhor.

Acaba hoje o século do automóvel
Bye-bye General Motors, Hello (again) General Locomotives (em inglês)

retirado daqui

domingo, 31 de maio de 2009

O Masculino e o Feminino nas Famílias Contemporâneas - Tai Castilho e Paulo Fernando de Souza

A família não é mais a mesma. Antigamente o homem era o chefe do lar, a mulher a dona de casa, os meninos recebiam educação diferente das meninas. Hoje as certezas mudaram. Os papéis masculino e feminino são flexíveis. A família está em fase de reconstrução. Este Café Filosófico em forma de diálogo conta com a participação dos psicólogos Tai Castilho e Paulo Fernando de Souza. Uma conversa para refletirmos sobra novas formas de relacionamento entre homens e mulheres.

A edição do Café Filosófico que é resultado desta palestra na íntegra foi ao ar na TV Cultura às 23h do dia 26 de abril de 2009 e reprisado na madrugada de segunda-feira (27) às 3h40.

Veja o vídeo aqui

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Lamentável!

Lei que prevê o sistema de cotas nas universidades estaduais é suspensa

Estão suspensos os efeitos da Lei estadual 5.346, do ano de 2008, que prevê o sistema de cotas para o ingresso de estudantes carentes nas universidades estaduais. A decisão é do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, que concedeu hoje, dia 25, uma liminar ao deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro. Ele propôs ação direta de inconstitucionalidade contra a lei de autoria da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj).

O deputado, que também é advogado, defendeu a ação no plenário do Órgão Especial. A Lei estadual tem o objetivo de garantir vagas a negros, indígenas, alunos da rede pública de ensino, pessoas portadoras de deficiência, filhos de policiais civis e militares, bombeiros militares e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão do serviço.

Segundo o parlamentar, há, hoje em dia, discriminação entre cotistas e não-cotistas nas universidades que adotam o sistema. "A lei é demagógica, discriminatória e não atinge seus objetivos. O preconceito existe, não tem como negar, mas a lei provoca um acirramento da discriminação na sociedade. Até quando o critério cor da pelé vai continuar prevalecendo? A ditadura do politicamente correto impede que o Legislativo discuta a questão", ressaltou.

O relator do processo, desembargador Sérgio Cavalieri Filho, votou pelo indeferimento da liminar. Segundo ele, tal política de ação afirmativa tem por finalidade a igualdade formal e material. "A sociedade brasileira tem uma dívida com os negros e indígenas", salientou. No entanto, o Órgão Especial decidiu, por maioria dos votos, deferir a liminar, suspendendo os efeitos da lei. O mérito da ação ainda será julgado.
Nº do processo: 2008.065.00009

*encontrado aqui

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Psicologia e Povos indígenas

Encontros Interdisciplinares sobre Psicologia e Povos Indígenas

São Sebastião e Itanhaém sediam encontros sobre Psicologia e Povos indígenas

O CRP SP vem realizando uma série de ações com o intuito de aproximar a Psicologia e os psicólogos das questões que envolvem a saúde dos povos indígenas e seus agravos. Na página eletrônica www.crpsp.org.br/povos o internauta encontra o histórico das ações realizadas por um grupo de trabalho, além de legislação de interesse e outras informações. Em 2009, no primeiro e no segundo semestres, serão realizados encontros interdisciplinares nas regiões onde resistem as 36 aldeias no Estado, articulando a localização das aldeias às regiões de abrangência das subsedes do Conselho. A intenção é propiciar o diálogo entre profissionais de diversas áreas, incluindo lideranças indígenas locais.

PÚBLICO-ALVO
Profissionais de Psicologia, Serviço Social, Educação, Ciências Sociais e Antropologia; equipes e gestores da Saúde, especialmente da Saúde Mental, e equipes de saúde da FUNASA. O evento, porém, é aberto a todos.

Programação do Primeiro Semestre de 2009

ENCONTRO DE SÃO SEBASTIÃO

Data:
29 de maio de 2009
Local: Espaço "Praça Pôr-do-Sol"
Av. Walquir Vergani s/nº, Praia de Boissucanga, São Sebastião, SP (em frente ao Pronto-Socorro de Boissucanga)

Inscrições:

Tel.: (12) 3631-1315
e-mail: vale@crpsp.org.br

9h
- Credenciamento dos participantes
9h30 - Abertura
10h - Mesa-redonda: Práticas interdisciplinares na atenção à saúde indígena
Coordenação: representante da Subsede do Vale do Paraíba do CRP SP
Palestrantes:
Vanessa Caldeira - Antropóloga e mestre em Ciências Sociais (PUC-SP). Atua na Casa de Saúde Indígena de São Paulo.
Cláudio Loureiro - Psicólogo e especialista em Dependência Química (PROAD/UNIFESP). Atua no Hospital Estadual de Serraria (Diadema). É supervisor institucional do CAPS-AD de São Matheus e do Projeto Novos Rumos de Várzea Paulista, coordenador clínico do Projeto Quixote e docente docurso de especialização em Dependência Química do PROAD-UNIFESP.
12h - Intervalo
13h30 - Roda de conversa: "Diálogos Interdisciplinares"
16h - Encerramento


ENCONTRO EM ITANHAÉM

Data:
26 de junho de 2009
Local: Satélite Esporte Clube
Rua Emídio de Souza, 137, Satélite, Itanhaém, SP

Inscrições:

Tel.: (13) 3235-2324 -
e-mail: baixada@crpsp.org.br

9h
- Credenciamento dos participantes
9h30 - Abertura
10h - Mesa-redonda: A interculturalidade na atenção à saúde dos povos indígenas
Coordenação: representante da Subsede do Vale do Paraíba do CRP SP
Palestrantes:
Maria Dorothea Post Darella- Antropóloga, mestre em Sociologia Política (UFSC) e doutora em Ciências Sociais / Antropologia (PUC-SP). Integra a Comissão de Apoio aos Povos Indígenas (CAPI) e a Comissão Interinstitucional para Educação Superior Indígena (CIESI). Pesquisadora do Laboratório de Etnologia Indígena/MU/SECARTE/UFSC, desenvolve atuação, pesquisa e extensão com índios guarani em aldeias do litoral catarinense.
Carlos Alberto Coloma - Médico (Córdoba, Argentina), com Ph.D. em Antropologia, formação em Antropologia Médica e Etnopsiquiatria (Universidade de Montreal, Canadá). Epidemiólogo de Intervenção, trabalha com a população indígena desde 1976 em países do continente americano. É gerente da Área Técnica de Saúde Mental do Projeto VIGISUS II - Ministério da Saúde.
12h - Intervalo
13h30 - Roda de conversa: "Diálogos Interdisciplinares"
16h - Encerramento


Organizadores do evento