terça-feira, 17 de maio de 2011

III Prêmio “CARRANO” de Luta Antimanicomial e Direitos Humanos

Gato Seco – Nos Telhados da Loucura & Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima

Apresentam




Dia 27 de maio completam-se três anos da morte de Austregésilo Carrano Bueno, dramaturgo, militante da luta antimanicomial e autor do livro “Canto dos Malditos”. Carrano se destacou como o principal militante pela Luta Antimanicomial em nosso país. Eleito em congresso na cidade de Xerém-RJ, atuou nos últimos anos como representante dos usuários na Comissão Nacional de Reforma Psiquiátrica do Ministério da Saúde, chegando a receber, em 2003, uma homenagem das mãos do presidente da república Luís Inácio Lula da Silva, por seu empenho na Reforma Psiquiátrica. Além das torturas sofridas nos “chiqueiros psiquiátricos”, como dizia, Carrano sofreu vários processos judiciais por sua militância, principalmente por parte dos familiares dos médicos responsáveis pelos “tratamentos” recebidos nas passagens pelos locais onde foi internado, confinado e torturado, ele escreveu o seu drama no livro “Canto dos Malditos”, que originou o filme “Bicho de sete cabeças”, dirigido por Lais Bodanzky, o filme mais premiado do cinema brasileiro que, junto com o livro revolucionou a história da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Carrano nunca desistiu de seus ideais e continuou militando até seus últimos dias no Movimento da Luta antimanicomial, mesmo com a saúde debilitada e condições financeiras precárias, em 18 de maio de 2008, participou do Dia Nacional de Luta Antimanicomial em Belo Horizonte , vindo há falecer dias depois.

Vejam vídeos com depoimentos do Carrano:

http://www.youtube.com/watch?v=bElqEmQhpBU

http://www.youtube.com/watch?v=22Ai29O1qIo&feature=related

Neste depoimento Carano faz a leitura de seu poema “Sequelas... e... Sequelas” de abertura do livro “Canto dos Malditos”, que originou o filme “Bicho de sete cabeças” (o texto do poema está ao final deste release).

O Prêmio - Para que a sua voz não se cale e seu nome continue vivo não só no Movimento de Luta Antimanicomial, como nos direitos da humanidade em geral, criamos em 2009, o Prêmio CARRANO de Luta Antimanicomial e Direitos Humanos, que tem como o objetivo dar continuidade a sua luta por uma mudança nas condições de tratamento de pessoas em sofrimento mental, fazendo valer a Lei nº 10.216/2001 da reforma Psiquiátrica no Brasil, da qual foi um dos defensores e críticos. O prêmio é entregue anualmente a pessoas e instituições de ações e atitudes importantes nestas áreas, mas principalmente, denunciar quaisquer violações dos Direitos Humanos, especialmente no que se refere às pessoas nas condições de sofrimento mental. No lançamento do prêmio, premiamos Carlos Eduardo Ferreira, mas conhecido como Maicon, usuário e militante da Luta, que esteve em vários momentos ao lado de Carrano, que também foi entregue a família de Carrano.

A entrega do III Prêmio Carrano será na semana do dia nacional de Luta Antimanicomial, dia 21 de maio (próximo a data de nascimento de Carrano, 15 de maio de 1957) que conta com o apoio do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Movimento Nacional e Fórum Paulista de Luta Antimanicomial e militantes do movimento. Em 2009 criamos o coletivo Gato Seco – Nos telhados da Loucura, que tem o papel da organização do Prêmio. O coletivo é formado por Edson Lima coordenador do projeto O Autor na Praça, Erton Moraes escritor, compositor e músico do Movimento TrokaosLixo, , Lobão, integrante do Movimento 1daSul e Sarau do Cooperifa agitador e grande amigo de Carrano, a escritora e produtora Paloma Kliss do Literatura Nômade, a psicóloga Patrícia Villas-Bôas, a poeta Tula Pilar, o músico e compositor Léo Dumont e outros amigos de Carrano. Trata-se de um grupo aberto que esta a disposição de pessoas e instituições que quiserem participar e colaborar com esta iniciativa. Além da entrega do prêmio haverá exibições de documentários, alguns depoimentos e leituras de texto sobre a Luta Antimanicomial e Direitos Humanos, no final do evento teremos uma apresentação musical com Erton Morais e integrantes da Banda Mokó de Sukata e do músico e compositor Léo Dumont. Estarão disponíveis os dois últimos livros lançados por Carrano em parceria com o selo editorial O Autor na Praça com textos de teatro: “Canto dos Malditos” e “O Sapatão e a Travesti”.


Veja um vídeo com o pronunciamento do Senador Eduardo Suplicy sobre o Prêmio em 2010:

http://www.youtube.com/watch?v=XafXh0_Idlg.

Para receber o prêmio este ano estão confirmados os nomes:
1.Alan da Rosa (Escritor, pedagogo e editor. Organiza cursos de arte-educação e cultura negra nas periferias de São Paulo).
2.Carlos Costa “Carlão” (ator de teatro, historiador do samba e do carnaval. É fundador e presidente da Banda Redonda).
3.Clara Charf (Companheira de Carlos Marighella, lutou ativamente contra a ditadura militar, é presidente da Associação Mulheres pela Paz).
4.Dom Paulo Evaristo Arns que será representado por Paulo Pedrini, coordenador da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo.
5.Paulo César Sampaio – Psiquiatra, foi diretor do hospital de custódia de Franco da Rocha, durante 4 anos, onde desenvolveu o projeto Desinternação Progressiva. Organizou o projeto Alcoolistas autores de violências nas praças de Embu das Artes. Em 2010 Tratamento de usuários de múltiplas drogas dentro do Manicômio judiciário de Franco da Rocha. É ativista atuante em ações e atividades pela Luta Antimanicomial no Brasil.
6.Gegê (Luiz Gonzaga da Silva, integrante do Comitê “Lutar não é crime” e dos Movimento dos Trabalhadores Sem Teto da cidade de São Paulo).
7.José Ibrahim (Líder Sindical, militante contra a Ditadura Militar, foi preso e exilado político. É um dos fundadores do Instituto Zequinha Barreto e militante constante dos Direitos Humanos).
8.Lais Bodanzky (Cineasta e diretora do filme “Bicho de sete cabeças”)9.Maria Amélia Teles “Amélinha” (Militante feminista dos Direitos Humanos e integrante da Comissão de Familiares de mortos e desaparecidos políticos).
10.Raquel Trindade - Artista Plástica, pesquisadora da cultura Popular e fundadora do Teatro Popular Solano Trindade em Embu das Artes).
11.Sonia Rainho - Militante de movimentos sociais desde os anos 1970. É fundadora do Centro de Cooperação por moradia popular 1º Maio na cidade de Osasco e hoje é responsável pela Coordenadoria da mulher e promoção da igualdade Racial na prefeitura de Osasco.
12.Tia Dag - Casa do Zezinho – Fundadora e presidente da Casa do Zezinho.
13.Z’África Brasil representado por Gaspar (Grupo de Hip Hop da zona sul da cidade de São Paulo, com sua ideologia contribuem em causas sociais e de igualdade racial).

Serviço:

Entrega do III Prêmio Carrano de Luta Antimanicomial e Direitos Humanos

Data: dia 21 de maio de 2011, sábado, a partir das 19h.

Local: Auditório da Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima – Pinheiros – SP – Tel. 3082 5023

Realização: coletivo Gato Seco – Nos telhados da Loucura

Apoio: O Autor na Praça, Movimento Trokaoslixo, Fórum Paulista de Luta Antimanicomial, Movimento Nacional de Luta Antimanicomial, CRP-SP, Grupo Tortura Nunca Mais, AEUSP – Associação dos Educadores da USP, CRP-SP Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Max Design, Prefeitura do Município de São Paulo / Departamento de Bibliotecas, Artver e outras entidades e instituições ligadas ao tema.

Em 2010, o II Prêmio Carrano foi entregue paras seguintes pessoas e instituições:

Casa do Saci (Espaço criado e administrado por trabalhadores e trabalhadoras, usuários e técnicos da saúde mental, organizados na Associação Vida em Ação. Saiba mais)

Senador Eduardo Suplicy

Grife Dasdoida (criada pela psiquiatra Julia Catunda, Márcia Pompemayer e usuários do CAPS Itapeva)

Grupo Tortura Nunca Mais

Luciano Santos, advogado e integrante do Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral

Magrão, amigo de Carrano

Marcos Abranches, Coreógrafo

Paulo Amarante, Psiquiatra e escritor

Revista Ocas – Organização Civil de Ação Social (Maria Alice Vassimon)

Sebastião Nicomedes, escritor e coordenador de oficina na Casa Restaura-me de apoio a pessoas em situação de rua.

Toninho Rodrigues, diretor e ator de teatro

Xico Sá, jornalista e escritor.

Pequena biografia de AUSTREGÉSILO CARRANO BUENO - Curitibano, escritor, ator, dramaturgo. Autor de dois livros editados: “Canto dos Malditos”, que originou o filme “Bicho de Sete Cabeças” e “Textos – Teatro – Seis peças para Teatro”. O texto para teatro de sua autoria “SOS Mãe natureza”, premiado na ECO-92, foi adaptado para livro infanto-juvenil, com titulo provisório: “SOS... Os Senhores Mesquinhos estão devorando a Mãe Natureza” que não foi publicado ainda, embora Carrano tenha batido a portas de algumas editoras. Em parceria com o selo O Autor na Praça, publicou em 2007, dois livros de textos para Teatro: Canto dos Malditos e O Sapatão e a Travesti, com a renda da venda desses livros esperava publicar de forma independente uma nova edição de “Cantos dos Malditos” e seu novo romance “Filhas da Noite”, ainda não publicado.

Carrano foi Ativista do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial, Membro da Comissão Intersetorial de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Representante dos Usuários no Conselho Nacional de Reforma Psiquiátrica (Eleito no Encontro Nacional dos Usuários e Familiares em Xerém, RJ), Defensor Ferrenho das Indenizações as Vítimas do Holocausto Psiquiátrico Brasileiro. Homenageado pelo Ministério da Saúde

O livro “Canto dos Malditos” deu origem ao filme mais premiado da história da cinematografia brasileira: “Bicho de Sete Cabeças”, dirigido por Laís Bodanzky, recebeu 45 prêmios nacionais e 08 prêmios internacionais, ao todo são 53 prêmios conquistados. O trabalho de Carrano foi reconhecido nacional e internacionalmente, envolvendo a questão da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Como ele exigia e defendia: “Temos que ter uma nova visão e maneira de tratarmos, sem preconceitos, respeitando seus direitos de cidadão, e aceitando o diferente que se encontra em sofrimento mental. Um basta definitivo no confinamento, sedação e experiências com cobaias humanas. Confinar não é tratar, é Torturar, portanto, são crimes psiquiátricos que devem ser cobrado responsabilidades e serem pagas indenizações as Vítimas”.

“(...) Ainda espero ser indenizado pelas torturas psiquiátricas sofridas, pela minha condenação aos preconceitos sociais, danos físicos, emocionais, morais, danos na minha formação profissional, danos financeiros, destruição de minha adolescência. E esses meus direitos de cidadão serão cobrado até o fim dos meus dias. Se não conseguir em vida, algum dos meus filhos fdicará com essa incumbência. Justiça plena e total é o que exijo, e mesmo depois de morto continuarei a exigir. Não só para mim, exijo essas indenizações para todas as vítimas do holocausto da psiquiatria brasileira, não desistirei por nada nem que leve o resto da minha vida ” (Texto de Carrano no posfácio da última edição do livro Canto dos Malditos)

SINOPSE do livro Canto dos Malditos - História real do período que o autor passou confinado por três anos e meio em instituições psiquiátricas do Paraná e Rio de Janeiro, dos 17 até 21 anos. Sofrendo torturas, e as mazelas de um sistema manicomial brasileiro arcaico, confinador, estigmatizante, e que chamam de “tratamento psiquiátrico”. Sobreviveu a 21 aplicações de Eletroconvulsoterapia; choques numa voltagem de 180 a 460 volts aplicados nas temporas. O livro foi escrito não com a intenção de denegrir a imagem de médico psiquiatra algum, e sim é um relato fiel a que são submetidos os pacientes psiquiátricos dentro dos manicômios.

Homenageado pelo Presidente da República Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 28 de maio de 2003, pelo seu empenho na Reforma Psiquiátrica, que está sendo construída em todo o Brasil; Porém, todo esse empenho e reconhecimento, têm-lhe cobrado um grande preço, na sua terra natal. Em Curitiba, um Lobby de Psiquiatras, contrários às ideologias de Carrano, e do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial, são eles, opositores ferrenhos a Reforma Psiquiátrica no Brasil. Esses Empresários da Loucura, donos e associados dos hospitais psiquiátricos, fizeram perseguições indecentes, constantes e aviltantes, lançou a 1ª edição do livro em 1990, pela Scientia et Labor, Editora da Universidade Federal do Paraná. Dias após o lançamento, o livro foi retirado das livrarias a mando desse Lobby de Psiquiatras. Só voltando a ser publicado em 1991, pela Editora Lemos, de São Paulo, Carrano comprava a edição e a vendia em seminários, palestras, feiras culturais, entre elas uma em um Shopping da cidade, por onde chegou as mãos da diretora do filme Laís Bodanszky. Chegou a publicar e bancar sete edições do livro sem ser vendido em livrarias.

Em 13 de maio de 1998, Carrano entrou com a “1ª Ação Indenizatória” por erro, tortura e crime psiquiátrico no histórico forense brasileiro. Até sua morte em maio 2008, uma de suas rotinas foi responder a processos jurídicos de todos os tipos, até um processo que exige que ele se calasse, proibindo-o de falar de sua experiência dentro dos chiqueiros psiquiátricos que foi torturado. As Perseguições judiciais que recebia, eram repudiadas pela sociedade brasileira, causando indignação em ongs nacionais e internacionais de Direitos Humanos. O livro “Canto dos Malditos” foi cassado, retirado novamente das livrarias e proibido em todo o território nacional, em abril de 2002. Da primeira Ação Indenizatória por erro, tortura e crime psiquiátrico no Brasil, de vítima virou réu, em maio de 1999 foi condenado a pagar R$ 60.000.00 aos donos dos “Chiqueiros Psiquiátricos” do qual foi vítima. Entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal em Brasília. Em novembro de 2003 foi condenado novamente a pagar mais R$ 12.000.00 em vinte e quatro horas, por citar os nomes dos hospícios e dos médicos na imprensa, por estas citações chegou a receber ameaças de morte. Na sentença desse processo seu direito de livre expressão foi cassado, foi proibido de falar o nome de seus torturadores em público, com uma multa de R$ 50.000.00 a cada desobediência jurídica. Julgado pelo Judiciário Paranaense, de Vítima da Tortura Psiquiátrica se tornou Réu por denunciar, exigir mudanças radicais, indenizações, cobrança de responsabilidades dos profissionais dessa falsa psiquiatria que confina, droga e mata pessoas em suas casas de extermínios, os “chiqueiros psiquiátricos” brasileiros. Pagou o preço por enfrentar essa Máfia do Inconsciente, donos exclusivos e ditadores do “Saber Psiquiátrico!”.

Tentaram o calar a todo custo. Foi sem dúvidas um artista, revolucionário, guerreiro da Luta Antimanicomial e dos Direitos Humanos e um dos mais batalhadores por estas causa no Brasil. Conseguiu, bancando sozinho o trabalho de seu advogado na liberação do seu livro “Canto dos Malditos” , depois de dois anos e meio cassado e retirado de todas as livrarias brasileiras, não contou com nenhum apoio da editora da época. “Canto dos Malditos” foi dos poucos livros proibidos depois do fim da Ditadura Militar. Voltou às livrarias em setembro de 2004, com um posfácio mais picante, denunciando os crimes psiquiátricos e também as fortunas psiquiátricas ilícitas. Cobrando, exigindo “Indenizações” imediatas às Vítimas do Holocausto Psiquiátrico Brasileiro... A Luta pelos Direitos Sociais de nós “Vítimas Psiquiátricas”, está apenas começando, agora que a cobra vai fumar!... Afirmava Carrano.

Sequelas... e... Sequelas

Seqüelas não acabam com o tempo. Amenizam. Quando passam em minha mente as horas de espera, sinceramente, tenho dó de mim. Nó na garganta, choro estagnado, revolta acompanhada de longo suspiro.

Ainda hoje, anos depois, a espera é por demais agonizante. Horas, minutos, segundos são eternidade martirizantes. Não começam hoje, adormeceram a muito tempo, a muito custo... comigo. Esta espera, Oh Deus! É como nunca pagar o pecado original. É Ser condenado a morte várias vezes.

Quem disse que só se morre uma vez?

Sentidos se misturam, batidas cardíacas invadem a audição. Aspirada a respiração não é... é introchada. Os nervos já não tremem... dão solavancos. A espera está acabando. Ouço barulho de rodinhas. A todo custo, quero entrar na parede. Esconder-me, fazer parte do cimento do quarto. Olhos na abertura da porta, rodam a fechadura. Já não sei quem e o que sou. Acuado, tento fuga alucinante. Agarrado, imobilizado... escuto parte de meu gemido.

Quem disse que só se morre uma vez?

(Austregésilo Carrano Bueno – Poema das quatro horas de espera para ser eletrocutado – aplicação da eletroconvulsoterapia). Veja vídeo do Carrano declamando o poema:

http://www.youtube.com/watch?v=bElqEmQhpBU

Um comentário:

  1. Saudações

    Acho que se pode dizer que minha história é parecida com a de Carrano. Já perdi a conta de quantas vezes fui internado. Tentaram me matar nessas internações provocando uma parada cardíaca pela mistura de medicações. Eu estou denunciando isso, e um monte de outros absurdos, no meu livro "O Povo Cego e as Farsas do Poder 2ed" (disponível na Internet)

    Pensando bem, acho que meu livro também merecia ser transformado em filme e eu também merecia ser agraciado com o Prêmio Carrano!!

    Uma coisa importante é dizer que o grande absurdo da psiquiatria hoje é a obrigatoriedade de fazer o tratamento medicamentoso quando se está internado. Tudo bem se se tem que passar uns meses em "férias forçadas", mas *obrigar* o "doente" a tomar remédios é consentir com o que eu chamo de *tortura química* - é isso que o tratamento medicamentoso das doenças mentais é: TORTURA!

    [ eric campos bastos guedes ]

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