segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia de muertos

Começo com minha própria oferenda...

Dignidade a saúde mental

Somos contra a Privatização do Água Funda
Somos trabalhadores do CAISM da Água funda, somos trabalhadores do SUS, da saúde mental e há anos lutamos para efetivar as conquistas da reforma sanitária e da reforma psiquiátrica. Falamos também por milhares de usuários que já atendemos e por toda uma história de respeito à dignidade da pessoa em sofrimento psíquico. Falamos também pelos movimentos sociais e por todos que defendem os direitos humanos e são contra políticas de higienização social como a internação compulsória.
Aqui neste Centro de Saúde Mental – CAISM da Água Funda – Dr. David Capistrano da Costa Filho, o melhor do Brasil avaliado pelo Ministério da Saúde, esta em vias de acontecer um grande ataque à saúde das pessoas, ao serviço e a política de saúde mental, aos trabalhadores e aos usuários do SUS.
Articulado pelo defensor do “manicômio álcool e drogas” Ronaldo Laranjeira e pelo “privatizador” Alckmin estão acontecendo a “venda” do CAISM Água Funda através da privatização via o modelo de Organização Social (OS) para administração de Laranjeira e sua entidade. Vão transformar um Centro de excelência em saúde mental em um centro de internação álcool e drogas para atender as demandas de “higienização social” absurda que se quer promover com a chegada dos grandes eventos. Vão acabar com serviços e dizer que estão criando serviços
Somos contra a qualquer forma de privatização, mas o grande absurdo é que eles vão acabar com um serviço de excelência de saúde mental que segue estritamente a política da reforma psiquiátrica da Lei Paulo Delgado, com serviços como CAPS, 30 pacientes em residência terapêutica que vão ser “jogados” em qualquer lugar, um programa que é o único serviço do estado que atende comorbidade em saúde mental e dependência química, com profissionais qualificados e com atendimento inteiramente humanizado dialogando com as diversas redes do território.
Os trabalhadores e usuários estão indignados e assim como os diversos movimentos internacionais, dos indignados da Espanha, dos estudantes do Chile, do ocupe Walt Street dos Estados Unidos, nós vamos lutar pelo que acreditamos, pelo nosso trabalho e pela nossa história. Fazendo a luta política, jurídica e principalmente fazendo a luta nas ruas.
Em defesa da reforma sanitária e da reforma psiquiátrica:
Somos contra a mercantilização da saúde
Somos contra a privatização do Água Funda
Somos contra o “despejo” e a desassistência em saúde promovida por esta política
Em breve calendário de Lutas
Por favor divulguem ao máximo!
Comissão de mobilização em defesa do Água Funda
Informações, apoios e contato:
Paulo Spina
(11) 73734783

domingo, 30 de outubro de 2011

Leia "Por te amar", crônica de "Oh, margem! Reinventa os rios!"

de Cidinha da Silva

Por te amar, eu pintei um azul do céu se admirar. Até o mar adocei e das pedras leite eu fiz brotar. De um vulgar fiz um rei e do nada, um império para te dar.

Enfim um horizonte melhor me sorriu. Minha dor virou gota no mar. Saí daquela maré, Luiz, não vivo mais à sombra dos ais.

Não foi fácil, meu velho. Vieram para mim de barba de bode e eu de comigo-ninguém-pode fiz o mar desaguar no chafariz.
Fui ao Cacique de Ramos, planta onde em todos os ramos, cantam os passarinhos nas manhãs. Quando a moçada puxou suas músicas, meu coração desaguou, de alegria e saudade. Olhei para o alto das tamarineiras, as guardiãs da poesia, e elas vestiam um laço branco, como Kitembo. E só ele, para acomodar dores e saudade. Continuamos cantando, buscando o tom, um acorde com lindo som, para tornar bom, outra vez, o nosso cantar.

Então os meninos entoaram seu samba para D. Ivone: “Lara, o seu laraiá é lindo. São canções de quem tantos corações retém com seu canto. Baila e baila o ar ao te ouvir”. Tão singela e precisa definição.

Na volta passei por Manguinhos, mirei a lua de Luanda que veio para iluminar a rua. Visitei a fachada da escola pública batizada com o seu nome: Luiz Carlos da Vila! Que alegria. Eu já sabia, passei para te ver.

É Luiz, a chama não se apagou, nem se apagará, enquanto as ondas do mar brincarem com a areia. São luzes de eterno fulgor, Candeia e Luiz Carlos da Vila. O tempo que o samba viver, o sonho não vai acabar e ninguém se esquecerá de vocês, os timoneiros. O não-chorar e o não-sofrer se alastrarão, do jeito que você sonhou em seu dia de graça, Luiz. Valeu poeta, seu grito forte dos Palmares.
--
cidinhadasilva.blogspot.com
kuanzaproducoes.com.br

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Viva Mexico Cabrones!

Tinha a intenção de escrever um texto contanto com calma minha experiência no dia da independencia no México. Por pura falta de tempo e calma e para que a coisa não tarde ainda mais, deixo aqui algumas imagens desse dia. O fato é que o dia 16 de setembro, dia da independência mexicana, a festa pode ser no mínimo bastante divertida e reflexiva sobre o que isso ainda significa por essas terras. Idéias nacionalistas e militaristas a parte, a data possui um sentido de valorização das origens e das tradições por vários lugares. Aqui há um pouco de informação sobre o Grito de Dolores. Onde estive nessa noite o acordo era para que todas as pessoas estivessem a carater, ou seja, vestidos com algum traje mexicano independente de região ou época. Alguns absorveram o espírito da coisa e o resultado foi bem colorido e embreagante. Viva Mexico Cabrones! Viva! Viva! Viva!

Anonymous em resposta a revista Veja dessa semana.

Olá, nós somos Anonymous, e esta é uma resposta às declarações da edição nº 2240 - ano 44 ? nº 43, de 26 de outubro de 2011 da revista Veja que é uma publicação do Grupo Abril.

Anonymous não é um movimento, mas uma idéia. Anonymous, por ser global, não é nacionalista. A revista Veja, tanto quanto qualquer publicação do Grupo Abril, não têm respaldo moral para citar Anonymous em suas publicações tendenciosas e com interesses corruptos, pois a Anonymous entende que a revista Veja é um grande expoente do sistema ao qual a Anonymous se opõe, assim como Anonymous não aceita que a revista Veja usurpe seu símbolo, para que esta use em sua guerra pessoal contra o governo.

Anonymous não é palanque. Anonymous entende que a revista Veja se contradiz ao fazer qualquer denúncia, uma vez que faz parte da mesma massa corrupta a qual a revista Veja se propõe a denunciar. Anonymous entende que a revista Veja não reconhece a propriedade da idéia Anonymous, portanto a revista Veja não tem capacidade para fazer qualquer citação que seja verdadeira, por não entender o que é Anonymous. Revista Veja MENTE. Parabéns, vocês conseguiram nossa atenção.

Nós somos Anonymous.

Nós Somos uma Legião.

Nós não esquecemos.

Nós não perdoamos.

Esperem por nós.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011


Manifesto internacional a respeito da vida acadêmica e da produção do conhecimento científico.

Colegas,

Está online um Manifesto por uma "Slow Science", fazendo a crítica a esta "Fast Science" a qual estamos submetidos, que privilegia a quantidade em detrimento da qualidade.

O movimento tem origem em universidades francesas, mas quando lemos o manifesto reconhecemos esse processo global ao qual estamos todos submetidos.

O manifesto pode ser conhecido - e assinado - através dos endereços:

em francês - http://slowscience.fr
em inglês - http://slowscience.fr/?page_id=43


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Não se esconda.


" - Todos temem a tempestade, os trovões, raios... Todos! Você não. Como pode?
- Existiu um momento que não tive mais onde me esconder, e nessa hora, parei de temer".

Genghis Khan, em diálogo do filme de mesmo nome do diretor Sergei Bodrov.

sábado, 15 de outubro de 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

15 de outubro: a necessidade de ser apartidário.


Nas últimas semanas, diversos grupos da cidade têm se movimentado para organizar em São Paulo uma acampada com aspectos anti-capitalistas. Esta ação política, que chamamos de 15-O, está ligada a um movimento global que se iniciou na Espanha e que acontecerá em muitas outras cidades pelo mundo no mesmo instante. Em Roma, por exemplo, a acampada já começou.
Os espaços de construção do 15-O por aqui são as assembleias no vão do MASP. Existe uma grande força dentro do movimento que não quer permitir um sistema de decisão baseado em votações por duas razões: 1- por princípios, ao acreditar que pessoas que querem construir um outro mundo podem chegar a um acordo. 2- para evitar que os partidos políticos presentes no movimento venham em bloco e controlem na base do caminhão. Os partidos, por sua vez, tentam manipular de todas as formas, seja desqualificando as palavras pró-consenso, seja ao hostilizar ou zombar das pessoas. Existe uma tentativa de imposição da metodologia de tomada de decisão do movimento, mas a quantidade de opositores a isso é muito maior.
Na última quarta, o principal ponto de debate foi sobre se deveria ou não haver a presença de propagandas dos partidos políticos – bandeiras nas manifestações e no acampamento. Nesta discussão ficou claro que os partidos presentes, o PSOL (MES e CSOL)e o PSTU, não abrem mão de ter as bandeiras presentes. Chegou a ser proposto ora que as bandeiras estivessem apenas no acampamento, ora só nas caminhadas. Ficou nítida a polarização entre os setores autônomos e os partidários. “Não nos representam” foi repetido em coro várias vezes durante o debate por quase 2/3 dos presentes. O 15-O é uma ação política apartidária e assim queremos que siga e se construa. Por isso escrevemos.
Não escrevemos apenas por causa dessas bandeiras, mas porque acreditamos que a organização que queremos para a nossa acampada não pode passar por representações, muito menos por uma maneira de construir que esvazia a discussão política e de ação. E não aceitaremos seguir construindo um espaço desta maneira. A dinâmica competitiva dos partidos políticos coloca luz apenas numa falsa democracia. Queremos uma democracia real e além. Queremos um mundo onde caibam vários mundos, construído com base na solidariedade, apoio mútuo, justiça política econômica e social. Como vamos construir isso? Juntos iremos descobrir e experimentar as respostas.
Convidamos às pessoas independentes de partidos políticos para essa discussão.
A próxima assembleia será nesta sexta, dia 14/10, às 20h, no vão do Masp.

Para entender um pouco mais aqui, aqui e aqui.

Do que vão nos perdoar?

Exército Zapatista de Liberação Nacional

“[…] Do que temos de pedir perdão? Do que vão nos perdoar? De não morrer de fome? De não calar diante da nossa miséria? De não ter aceitado humildemente a gigantesca carga histórica de desprezo e abandono? De levantarmos em armas quando encontramos fechados os outros caminhos? […] De ter demonstrado ao resto do país e ao mundo inteiro que a dignidade humana ainda vive e está em seus habitantes mais pobres? De termos consciência da necessidade de uma boa preparação antes de iniciar a luta? De ter ido ao combate armados de fuzis no lugar de arcos e flechas? De ter aprendido a lutar antes de insurgirmo-nos? […] De lutar por liberdade, democracia e justiça? De não seguir os modelos das guerrilhas anteriores? De não nos render? De não nos vender? De não nos trair? Quem tem de pedir perdão e quem pode outorgá-lo? Os que, por longos anos, saciavam sua fome sentados a uma mesa farta enquanto nós sentávamos ao lado da morte, tão quotidiana e tão nossa que aprendemos a não ter medo dela? […] Os nossos mortos, que são a maioria, que morreram, democraticamente, entre os sofrimentos, já que ninguém nunca fez nada, porque todos os mortos, nossos mortos, partiam, de repente, sem que ninguém se desse conta, sem que ninguém dissesse, finalmente, o “basta!”, que devolvesse o sentido a essas mortes, sem que ninguém pedisse aos mortos de sempre, aos nossos mortos, que regressassem para morrer outra vez, mas agora para viver? […] Quem deve pedir perdão e quem pode outorgá-lo?”

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

El dia del maíz.

Dia 29 de setembro foi dia do maíz. O milho é cultivado no México a pelo menos 9000 anos. Originário da Mesoamerica hoje é o cereal mais cultivado no mundo, superando o arroz e o trigo, existindo uma enorme variedade quanto a cor, composição, textura, formas de cultivo, etc. O México vem nos últimos anos vivendo enormes desafios quanto ao cultivo, distribuição e consumo de milho. São mais de 60 tipos atualmente ameaçados. Esse que é o principal alimento do país, já não produz quantidade suficiente para seu próprio povo: falta de políticas agrárias adequadas, apoio insuficiente para o pequeno produtor, favorecimentos as multinacionais, sementes transgênicas, economia predatória, entre outros fatores, vão transformando o México refém do milho estrangeiro e dos interesses internacionais.
Os povos pré-hispanicos por séculos aprenderam inúmeras composições do milho para adequá-lo as diferentes regiões. Do milho nada se desperdiça: é comida, é utensílio, é arte, é adubo. Muitas formas o maíz é cultivado e cultuado, mas nos últimos anos o dia 29 de setembro ganha força enquanto celebração nacional. Teve inicio no ano de 2007. Encabeçada pela campanha Sin Maíz No Hay Pais o principal objetivo é debater a importância do milho para a cultura mexicana e a necessidade de um país sem alimentos transgênicos respeitando sua soberania alimentar.
Estive no município de Mazatlán Villa de Flores, na Mazateca Alta, Oaxaca, durante toda a semana do dia 29. A convocatória foi feita pela rádio comunitária Nandhia, mas organizado totalmente com a participação popular. Uma dia de música, teatro, informação, protesto, debates e claro, muito maíz! Abaixo imagens da preparação e do festival.
Todos participam.
Trabalho comunitário
Afinal, ninguém é de ferro...
El Maíz
A (contra) informação
O baile
O sagrado
A clássica geração
A nova geraçãoA poesia e a pipoca
Atuação, arte e resistência

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Imperdível!

Como já dito neste espaço inúmeras vezes, nada melhor que compartilhar a amizade com pessoas brilhantes e inspiradoras. Esse é o caso da Cidinha. Outro livro dessa ótima escritora que chega em nossas mãos. Conheço suas obras e esse é mais um material que sem dúvida tenho como imperdível. Quem não conhece é uma excelente oportunidade para conhecer.
O MAR DE MANU

O mar de Manu, terceiro livro para todas as idades, de Cidinha da Silva, é um conto pleno de poesia e imagens. São pequenas histórias de sabedoria narradas no fluxo de um dia e uma noite vividos por Manu.
A gente de Minas Gerais, assim como Manu, menino oriundo de algum lugar entre o Mali, o Níger e o Burkina Faso, precisa inventar o mar. As características geográficas desses lugares levam seus moradores a produzir metáforas sem água para representar o infinito. É o que faz Manu, personagem que aprendeu a sonhar com a mãe.
Cidinha da Silva, desta feita em um texto curto, prossegue no caminho da escritura em linguagem simples e direta que dialoga com as instâncias mais sensíveis do leitor.
O mar de Manu é a primeira publicação da Kuanza Produções, uma editora dedicada à formação do leitor literário e à ampliação do espaço editorial para as africanidades no Brasil.

cidinhadasilva.blogspot.com
kuanzaproducoes.com.br

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Capoeira gospel e um pouco mais da velha-nova colonização.

Roda do Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô: resistência.

Essa semana encontrei em um blog de compartilhamento de música e material sobre capoeira uma referência a um disco lançado por um grupo que se define como cristão, que fazem segundo eles, uma capoeira gospel. Assunto polêmico. A coisa que mais têm chamado a atenção são as mudanças que alguns desses grupos estão realizando ao se apropriarem da capoeira para difundirem a “palavra de cristo”: músicas que não são mais cantadas por falarem de santos católicos e principalmente em referência a espiritualidade de origem africana; atabaques que não podem ser tocados; a perspectiva extremamente desportiva negando grande parte dos fundamentos e preceitos; a memória manipulada e esquecida de resistência e luta afrodescendente; etc. São apenas alguns exemplos das transformações que a capoeira vem vivendo dentro de alguns desses grupos. Escrevi um comentário nesse mesmo espaço e reproduzo aqui.

Salve a todos! A capoeira como toda cultura popular não tem dono. Não se pode atribuir uma propriedade e definir a quem ou a qual grupo ela pertence. Quem é mais dono e quem não é. Ela, em minha opinião, é de quem a pratica. Entretanto, o que não se deve é esquecer de sua memoria, é evitar as apropriações indevidas e cínicas que sempre ocorreram com as tradições de matrizes africana. O futuro da capoeira está em seu passado! Foi assim com o rock'n'roll e o hip hop, só pra referir ao que se tornou “pop” e de algumas apropriações indevidas mais conhecidas. Nos anos 70 e parte dos 80 muita gente achou que a capoeira deveria ser mais “letrada”, que para ensinar capoeira tinha que ter formação universitária. Besteira. A capoeira sempre foi pressionada de algum modo para ser embranquecida, em um processo de mestiçagem (e isso se dá em outros casos: alguém viu a propaganda da comemoração de 150 anos da Caixa em que transformou Machado de Assis em um homem branco?) que sempre favoreceu um grupo étnico em detrimento de outro, nesse caso, o negro subjugado pelo branco (já notaram que os mestiços normalmente se definem mais como brancos que como negros? Vide os jogadores de futebol quando indagados sobre isso... mas isso é outro papo). O que me incomoda nessas transformações da cultura popular, particularmente de origem africana, é que suas “mudanças são para melhorá-la” e "que da maneira que é não está tão bom". Recentemente, por exemplo, a apropriação do acarajé na Bahia por um tal de acarajé de cristo como “esse é que é do bem”. Já vi grupos de capoeira gospel que estão parando de usar atabaque por um claro preconceito ao associá-lo ao candomblé e a umbanda. Eu admito que não sei muito desses trabalhos que se auto intitulem gospel, mas com o tempo vamos vendo como eles manejam a memória da capoeira, e sua ancestralidade que sempre esteve associada aos terreiros e a toda beleza do povo afrodescendente. Quero ver quantos desses grupos irão respeitar essa historia, respeitar a espiritualidade daqueles que não crêem em Jesus como seu salvador, ou quem sabe apoiar os capoeiristas que tem seu trabalho ligado as matrizes africana e que continuam a ser discriminados e perseguidos por aqueles que consideram essa religiosidade ou tradição menores. A religião de uma pessoa não deve ser critério de discriminação. Não gosto que digam que estou errado, por isso tento não fazer o mesmo. Alguém anônimo nos espaços para comentários desse blog que me referi disse: “AMEI PODER A LOUVAR À DEUS, QUE TÃO PODEROSO NO MOMENTO DE PRATICAR ESSE ESPORTE TÃO MARAVILHOSO QUE FOI DETURPADO POR TANTO TEMPO.” O que será que isso quer dizer? Que até esse momento que a capoeira não era de cristo esteve equivocada?! Já sinto cheiro de preconceito no ar... Com prazer eu talvez jogaria numa roda gospel, desde que nela esteja bem claro que bato cabeça no Congá, que minha ancestralidade não é cristã nem tão européia (apesar de falar a língua do colonizador), que vou sim cantar para Lembá, à Santa Bárbara e aos Inquises de meu povo e que isso deve ser respeitado. No nosso grupo de capoeira temos um Afoxé (onde não é necessário ser desta ou daquela religião para participar) que todo ano sai em celebração a Santo Antônio. Tocamos com nossos atabaques, agogôs e xequerés. Distribuímos rosas brancas e sorrisos. Todos são convidados e bem vindos! Passamos sempre na frente de uma tal casa-igreja gospel, onde sempre falam de um tal de rock de cristo, surf de cristo, skate de cristo, jiu jitsu de cristo, etc. Bem, esse sempre foi o único lugar que nunca aceitou uma de nossas rosas, nem retribui o bom dia que damos diariamente. Oxalá vocês não sejam assim. Que apoiem os terreiros de candomblé e umbanda que continuam perseguidos, inclusive por aqueles que dizem amar Cristo. Isso sim seria lindo e um ato realmente cristão: apoiar o direito de se expressar e aceitar de fato os que são diferentes. O pouco que sei do cristianismo é que ele é, ou deveria ser, a favor do respeito e não das perseguições, onde a mensagem de Cristo foi de generosidade e compaixão. Até esse momento essa onda da capoeira cristã têm se mostrado mais um elemento do já conhecido processo de colonização que as culturas afrodescendentes sofrem a mais de 500 anos. Oxalá que a memória e a ancestralidade da capoeira sejam respeitadas. Oxalá a capoeira continue a nos ajudar e entender nossas diferenças. A capoeira já foi por demais agredida em sua memória e continua em seu presente. Por aqui continuaremos a distribuir flores e cantando aos Orixás. Dando aú, rasteira e cabeçada. Aqui a capoeira não é pra bater em ninguém, mas também não é pra apanhar... mandinga é algo muito especial entre nós. E por aí? Ps - parabéns pelo blog.

domingo, 9 de outubro de 2011

Sobre Kichutes e chuteiras

Por Sérgio Vaz

Em outubro é o mês em que se comemora o mês das crianças, depois do natal, esse é o dia mais aguardado para qualquer menino ou menina, pois, teoricamente é uma data para receber presentes.
Sinceramente não tenho boas lembranças desses dias, na minha casa a roupa sempre foi muito mais importante do que brinquedo, por isso, desde cedo aprendi a brincar só com meus botões.Sem carrinho pra dirigir, ou bola para chutar, cheguei de kichute na adolescência, com os pés cheios de lama e lágrimas no coração.
Um tempo muito difícil de entender que existia um dia só para as crianças, mas ao mesmo tempo, só para algumas delas. Quem será que ensinou aos adultos a serem tão cruéis? Somente um adulto é capaz de ensinar uma criancinha a ter raiva e inveja ao mesmo tempo.
Raiva porque as ruas nesses dias eram tomadas de cores e luzes da felicidade alheia, e inveja por que toda essa luminosidade não brilhava em todos os quintais.De mãos vazias, também aprendi a ter raiva do Playcenter e do Papai Noel. Bom velhinho, sei...
No caso das meninas fico pensando que também não devia ser diferente. Consegue imaginar acalentar a boneca da vizinha que ganhou presente, e chamá-la de sua filha ao mesmo tempo? De onde eu vim eram as bonecas que adotavam as princesas sem castelos.Brincar de babá aos seis deve doer tanto quanto ser motorista sem carrinho aos sete anos de idade. Sorrir com a alegria emprestada... É muito sério ser criança.
Descobri com os pés sem meias que somos o país do futebol porque uma única bola -não importa de quem seja-, é capaz de fazer a alegria de um bairro inteiro, e nessa hora não importa quem ganhou presente ou não.Para quem não sabe o futebol também é um esconderijo de crianças tristes e solitárias. Descalços ou não,uns chutam a bola, outros, a vida.
Não estou fazendo propaganda de loja ou supermercado, nem sei se as pessoas se tornam melhores porque na infância ganharam brinquedos ou não, só quis lembrar um tempo em que o algodão não era tão doce, e que a vida entrava de canela, apesar da magia e da fragilidade dos ossos da infância.
Se vão presentear seus filhos, para que não se tornem poetas tristes como eu, não esqueçam: as crianças gostam que os pais venham como acessórios. Ou quem sabe, o contrário.
Hoje em dia, "os pais" que não sabem brincar, abandonam filhos no lixo ou atiram pelas janelas, e se ninguém fizer nada, haverá um tempo que a gente não se lembrará mais da falta dos brinquedos, e sim das crianças.

Linguagem de sinais.

Sign Language from socially_awkwrd on Vimeo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre, à margem de nós mesmos.

Atribuído a Fernando Pessoa

Rindo e brigando em outra cultura.

Sou da opinião que mais que apenas falar outro idioma é fundamental entender o humor e a tensão de outra cultura para avaliar o tanto que se está inserido nela. Quando você ri e briga em outro idioma é sinal que já se apropriou bem do contexto. Aqui um vídeo que reúne essas duas situações quanto ao México.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Para que não reste dúvida.

Fala do índio mexicano guaicaipuro cautémoc diante de uma platéia de autoridades Européias por ocasião das comemorações dos quinhentos anos de descoberta da América:


Eu, Guaicaipuro Cautémoc, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, Vim aqui encontrar os que nos encontraram há apenas 500 anos.O irmão advogado europeu me explica que aqui toda dívida deve ser paga, ainda que para isso se tenha que vender seres humanos ou países inteiros. Pois bem! Eu também tenho dívidas a cobrar. Consta no arquivo das índias ocidentais que entre os anos de 1503 e 1660, chegaram à Europa 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata vindos da minha terra!... Teria sido um saque? Não acredito. Seria pensar que os irmãos cristãos faltaram A seu sétimo mandamento. Genocídio...? Não. Eu jamais pensaria que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue de seu irmão. Espoliação...? Não. Seria o mesmo que dizer que o capitalismo deslanchou graças à inundação da Europa pelos metais preciosos arrancados de minha terra! Vamos considerar que esse ouro e essa prata foram o primeiro de muitos empréstimosAmigáveis que nós, índios, fizemos à Europa. Achar que não foi isso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que me daria o direito de exigir a devolução dos metais e a cobrar indenização por danos e perdas. Prefiro crer que nós, índios, fizemos um empréstimo a vocês, europeus. Ao comemorar o quinto centenário desse empréstimo, nos perguntamos se vocês usaram racional e responsavelmente os fundos que lhes adiantamos. Lamentamos dizer que não. Vocês dilapidaram esse dinheiro em armadas invencíveis, terceiros reichs e outras formas de extermínio mútuo. E acabaram ocupados pelas tropas da OTAN. Vocês foram incapazes de acabar com o capital e deixar de depender das matérias primas e da energia barata que arrancam do terceiro mundo. Por isso, meus senhores da Europa, eu me sinto obrigado a cobrar o empréstimo que tão generosamente lhes concedemos há 500 anos. E os juros. Não, não vamos cobrar de vocês as taxas de 20 a 30 por cento de juros que vocês impõem ao Terceiro mundo. Queremos apenas a devolução dos metais preciosos, mais 10 por cento sobre 500 anos. Lamento dizer, mas a dívida européia para conosco, índios, pesa mais que o planeta Terra!... E vejam que calculamos isso em ouro e prata. Não consideramos o sangue derramado de nossos ancestrais! Sei que vocês não têm esse dinheiro, porque não souberam gerar riquezas com nosso generoso empréstimo. Mas há sempre uma saída: entreguem-nos a Europa inteira, como primeira prestação de sua dívida histórica.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Na vida também é preciso se esquivar.

"Bater é facíl, quero ver é sair." Mestre PlínioCombate entre Muhammad Ali e Joe Fraizer em 1971.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O dia 2 de outubro também é memória triste para São Paulo e o Brasil.

(Centro de Mídia Independente) 2 de outubro de 1992: uma pequena desavença entre presidiários do pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru se transforma em uma rebelião desprovida de viés reivindicativo ou de fuga. Apesar disso, o Governo estadual da época determinou a invasão da Casa de Detenção por centenas de policiais militares que exterminaram a sangue frio 111 pessoas desarmadas e desesperadas. Foi a maior chacina da história do sistema penitenciário brasileiro.

Passadas quase duas décadas dessa "página infeliz de nossa história", os tijolos da Casa de Detenção foram deitados ao chão e, no seu lugar, foi erigido o sugestivo Parque da Juventude. Todavia, a construção de um parque para a juventude no lugar de uma unidade de aprisionamento da juventude não significou, infelizmente, qualquer mudança na política criminal do Estado: após todos esses anos, ninguém foi responsabilizado pelos 111 assassinatos!

Pior: ainda hoje, divisamos jovens, em regra pobres e negros, sendo perseguidos pelo aparato repressor estatal. Quando conseguem driblar a morte, caem na vala imunda e cada vez mais superlotada do sistema carcerário (de 1992 para cá, a população prisional cresceu mais de 400% contra pouco mais de 27% de crescimento da população brasileira).

México: 2 de outubro.

(fonte Wikipedia) O Massacre de Tlatelolco, também conhecido como a Noite de Tlatelolco (a partir do título de um livro da autora mexicana Elena Poniatowska), teve lugar durante a tarde e noite de 2 de Outubro de 1968 na Plaza de las Tres Culturas, em Tlatelolco, Cidade do México, apenas dez dias antes do início dos Jogos Olímpicos de 1968 disputados nesta mesma cidade. Até hoje, o verdadeiro número de mortos permanece incerto: algumas fontes apontam para mais de mil mortos, mas a maioria delas aponta para um número entre 200 e 300 mortos enquanto que fontes governamentais referem 4 mortos e 20 feridos. Um grande número de pessoas ficou ferido e foram feitas milhares de detenções.

O massacre foi precedido por vários meses de instabilidade política na capital mexicana, eco das manifestações e revoltas estudantis ocorridas um pouco por todo o mundo em 1968. Os estudantes mexicanos pretendiam explorar a atenção do mundo, focada na Cidade do México por ocasião dos Jogos Olímpicos de 1968. No entanto, o presidente Gustavo Díaz Ordaz Bolaños estava determinado a pôr fim aos protestos estudantis, e em Setembro, ordenou ao exército que ocupasse o campus da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), a maior da América Latina. Os estudantes foram espancados e detidos de forma indiscriminada. Em forma de protesto contra esta situação, o reitor da UNAM, Javier Barros Sierra, demite-se em 23 de Setembro.

2 de Outubro de 1968

Ainda assim os protestos estudantis não esmoreceram. As manifestações aumentaram de proporção até que, no dia 2 de Outubro, e após greves estudantis que se prolongaram por nove semanas, 15 000 estudantes de várias universidades invadiram as ruas da Cidade do México, ostentando cravos vermelhos como sinal de protesto contra a ocupação militar da UNAM. Ao cair da noite, cerca de 5 000 estudantes e trabalhadores, muitos deles acompanhados das mulheres e filhos, haviam-se congregado no exterior de um bloco de apartamentos situado na Plaza de las Tres Culturas em Tlatelolco para o que deveria ser uma manifestação pacífica. Por entre os cânticos entoados ouviam-se as palavras México - Libertad (México - Liberdade). Os organizadores do protesto tentaram em vão que este fosse cancelado quando se aperceberam dum aumento da presença militar na zona.

O massacre teve início ao pôr-do-sol quando forças do exército e da polícia - equipadas com carros blindados e tanques - cercaram a praça e começaram a abrir fogo contra a multidão, atingindo não só os manifestantes mas também pessoas que se encontravm no local por razões em nada relacionadas com a manifestação. Manifestantes e transeuntes, incluindo crianças, foram apanhados pelos disparos e em pouco tempo os corpos amontoavam-se na praça. A matança continuou pela noite dentro, com os soldados a efectuar operações de busca casa a casa nos edifícios de apartamentos junto à praça. Testemunhas destes acontecimentos afirmam ter visto mais tarde os corpos serem recolhidos por camiões do lixo. Na explicação oficial dada pelo governo para o que acontecera, afirma-se que provocadores armados misturados entre os manifestantes, colocados nos edifícios adjacentes à praça tinham iniciado o confronto. Encontrando-se debaixo de fogo as tropas teriam disparado em auto-defesa.

Veja vídeo damanifestação de ontem na Cidade do México.
http://www.youtube.com/watch?v=3T8spd8O7VM

Comissão da Verdade: mais uma farsa, mais um engodo

Alguns dias atrás publiquei nota sobre a criação de uma Comissão da Verdade aprovada pelo congresso com intenção de avaliar e apurar os fatos que envolveram violações de direitos humanos durante a ditadura civil-militar no Brasil. Abaixo uma resposta do Grupo Tortura Nunca Mais.



No último dia 21 de setembro, foi votado pela Câmara federal o PL 7.376/2010 que criou um arremedo de Comissão Nacional da Verdade. Se a proposta apresentada pelo governo federal já se caracterizava por sua timidez, as emendas apresentadas pelo DEM — e aceitas em um grande acordão pela Presidente da República — piorou ainda mais o projeto.

Antes, o texto do projeto estreitava a margem de atuação da Comissão, dando-lhe poderes legais diminutos, fixando um pequeno número de integrantes, negando-lhe orçamento próprio; desviando o foco de sua atuação ao fixar em 42 anos o período a ser investigado (de 1946 a 1988!), extrapolando assim em duas décadas a já extensa duração da Ditadura Militar.

Além disso, impede que a Comissão investigue as responsabilidades pelas atrocidades cometidas e envie as devidas conclusões às autoridades competentes, para que estas promovam a justiça.

Por tudo isto, continuamos reiterando as seguintes considerações, que constam de documento com milhares de assinaturas, encaminhado em junho deste ano à presidenta Dilma Roussef:

Para que tenhamos uma Comissão que efetive a Justiça:
― o período de abrangência do projeto de lei deverá ser restrito ao período de 1964 a 1985;

― a expressão “promover a reconciliação nacional” seja substituída por “promover a consolidação da Democracia”, objetivo mais propício para impedir a repetição dos fatos ocorridos sob a ditadura civil-militar;

― no inciso V, do artigo 3º, deve ser suprimida a referência às Leis: 6.683, de 28 de agosto de 1979; 9.140, de 1995; 10.559, de 13 de novembro de 2002, tendo em vista que estas leis se reportam a períodos históricos e objetivos distintos dos que devem ser cumpridos pela Comissão Nacional da Verdade e Justiça.

― o parágrafo 4°, do artigo 4°, que determina que “as atividades da Comissão Nacional da Verdade não terão caráter jurisdicional ou persecutório”, deve ser substituído por nova redação que delegue à Comissão poderes para apurar os responsáveis pela prática de graves violações de direitos humanos no período em questão e o dever legal de enviar suas conclusões para as autoridades competentes;

Para que tenhamos uma Comissão de verdade:
― o parágrafo 2°, do artigo 4º que dispõe que “os dados, documentos e informações sigilosos fornecidos à Comissão Nacional da Verdade não poderão ser divulgados ou disponibilizados a terceiros, cabendo a seus membros resguardar seu sigilo”, deve ser totalmente suprimido pela necessidade de amplo conhecimento pela sociedade dos fatos que motivaram as graves violações dos direitos humanos;

― o artigo 5°, que determina que “as atividades desenvolvidas pela Comissão Nacional da Verdade serão públicas, exceto nos casos em que, a seu critério, a manutenção do sigilo seja relevante para o alcance de seus objetivos ou para resguardar a intimidade, vida privada, honra ou imagem de pessoas”, deve ser modificado, suprimindo-se a exceção nele referida, estabelecendo que todas as atividades sejam públicas, com ampla divulgação pelos meios de comunicação oficiais.

Para que tenhamos uma Comissão da Verdade legítima:
― os critérios de seleção e o processo de designação dos membros da Comissão, previstos no artigo 2º, deverão ser precedidos de consulta à sociedade civil, em particular aos resistentes (militantes, perseguidos, presos, torturados, exilados, suas entidades de representação e de familiares de mortos e desaparecidos);

― os membros designados e as testemunhas, em decorrência de suas atividades, deverão ter a garantia da imunidade civil e penal e a proteção do Estado.

Para que tenhamos uma Comissão com estrutura adequada:
― a Comissão deverá ter autonomia e estrutura administrativa adequada, contando com orçamento próprio, recursos financeiros, técnicos e humanos para atingir seus objetivos e responsabilidades. Consideramos necessário ampliar o número atual de sete (7) membros integrantes da Comissão e o período de sua atuação, previsto para 2 anos.

Entendemos também que esta Comissão Nacional da Verdade deveria ser autônoma e independente do Estado.

A condenação do Brasil pela Organização dos Estados Americanos
Os crimes cometidos pela ditadura que controlou o Brasil por mais de 20 anos permanecem desconhecidos e os documentos que comprovam esses abusos continuam em segredo. A Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, órgão da Organização dos Estados Americanos, condenou nosso país por esses delitos, exigindo que o governo brasileiro investigue e responsabilize seus autores.

E foi nesse sentido que o Brasil, através do atual governo, apresentou o PL, na tentativa de ter argumento junto à Corte para afirmar que esclareceu os casos de violação de direitos humanos.

Por tudo isto, afirmamos que queremos sim uma Comissão Nacional da Verdade, Memória e Justiça que efetivamente investigue onde, quando, como e quem foram os responsáveis pelas atrocidades cometidas em nome da “Segurança Nacional”. Que sejam publicizados e responsabilizados!

Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro
26 anos de luta contra a tortura
Setembro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011


Antigamente, cartazes nas ruas com o rosto de criminosos ofereciam recompensas, hoje em dia pedem votos...