Desde que cheguei no Mexico o lugar mais ao norte que estive foi a Ciudad de Mexico, ou seja, nao estive realmente no norte. Oaxaca, Chiapas, Vera Cruz, Costa Chica simplesmente me envolveram de tal maneira que o sul foi meu maior destino. Entao vou tentar um pouco que seja reparar esse desequilíbrio, já que acabo de chegar em Guadalajara. Guadalajara vive aquele dilema de estar entre duas culturas, dois espacos geopolíticos de um país enorme como o México. Lá no Distrito Federal, as pessoas consideram os de Guadalajara como norteños. E o povo do norte mesmo, os que estao mais pelo deserto, os de Tijuana, os de Sinaloa, os rancheiros, os de Monterrey, nao os consideram tao norteños assim; e uma parte da gente de Guadalajara nao se considera nada disso, ou acaba se reconhecendo nesses dois espacos e nessas duas influencias. Vou tentar entao falar um pouco disso nos próximos dias. Enquanto isso deixo aqui um coletivo de música bem norteño em sua maneira de criar música e estética. O Colletivo Nortec é de Tijuana. Fazem uma mistura interessante de música eletronica com ritmos do norte do México. Utilizam junto as batidas eletronicas instrumentos facilmente reconhecidos na música norteña como o acordeon, a tuba e a maneira de tocar a caixa. O vídeo que está aqui também é bem raro, com os músicos em uma viagem a China (Taiwan?) produzindo uma sensacao estranha no contraste das ruas e pessoas com a música.
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