A respeito das metamorfoses e dos bons combates na psicologia e na política.
domingo, 31 de julho de 2011
Minhas reverências.
Curitiba - 28/07/11
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Somos más americanos
A MI TIERRA POR QUE AQUI NO QUEPO YO,
QUIERO RECORDARLE AL GRINGO YO NO
CRUCE LA FRONTERA LA FRONTERA ME CRUZO.
AMERICA NACIO LIBRE EL HOMBRE LA DIVIDIO
ELLOS PINTARON LA RAYA PARA QUE YO LA
BRINCARA Y ME LLAMAN INVASOR.
ES UN ERROR BIEN MARCADO NOS QUITARON
OCHO ESTADOS QUIEN ES AQUI EL INVASOR.
SOY EXTRANJERO EN MI TIERRA Y NO VENGO
A DARLES GUERRA SOY HOMBRE TRABAJADOR.
(hablando)
NOS COMPRARON SIN DINERO LAS AGUAS DEL RIO
BRAVO Y NOS QUITARON A TEXAS, NUEVO MEXICO, ARIZONA
Y COLORADO TAMBIEN VOLO CALIFORNIA Y NEVADA CON
OIWTA NO SE LLENARON EL ESTADO DE WAYOMI TAMBIEN
NOS LO ARREBATARON YO SOY LA SANGRE DEL INDIO SOY
LATINO SOY MESTIZO SOMOS DE TODOS COLORES Y DE
TODOS LOS OFICIOS Y SI CONTAMOS LOS SIGLOS AUNQUE
LE DUELA AL VECINO SOMOS MAS AMERICANOS QUE
TODITITOS LOS GRINGOS.
terça-feira, 26 de julho de 2011
A respeito do diferente ou algo sobre a necessidade de ver o mundo como uma pràtica do extraordinàrio.
1-Comer melância com chilli.
2-Comer manga com chilli.
3-Comer coco verde com limao e chilli.
4-Na verdade aprender a comer qualquer fruta com limao e pimenta.
5-Num dia de calor usar blusa de manga comprida.
6-Entrar no mar de roupa e fazer cara de quem esta aproveitando.
7-Escutar o caminhao do lixo buzinando as 7 horas da manha de domingo e nao ficar furioso.
8-Nao me levar tao a sèrio.
9-Seduzir mais a mim mesmo do que aos outros.
10-Comer mais chapulines e hormigas...
ps- por isso que esse título precisava contar algo sobre a diferenca ou simplesmente constar que na vida nao existem momentos banais. Corriqueiros e repetitivos talvez, mas banais?
sábado, 23 de julho de 2011
Coragem, hombre!
SOBRE O CAMINHO DO GUERREIRO
O objetivo máximo de um guerreiro é atingir a totalidade do seu ser e isso só é possível quando ele agir impecavelmente. Ser um guerreiro não é apenas querer sê-lo, é antes uma luta interminável que continua até o último minuto de vida.
Um guerreiro está nas mãos do poder e sua única liberdade é escolher uma vida impecável. Não há meio de forjar um triunfo, uma derrota. Sua razão pode querer que ele fracasse completamente, a fim de apagar a totalidade de seu ser. Mas existe uma contra medida que não permitirá que ele declare uma vitória ou derrota falsa. Se ele acha que pode fugir para o abrigo do fracasso está maluco. O seu corpo montará guarda e não o deixará seguir tais caminhos.
Um guerreiro não pode ser desamparado, nem confuso e nem assustado em nenhuma circunstância. Para um guerreiro só há tempo para sua impecabilidade; tudo mais esgota seu poder, a impecabilidade renova-o.
A impecabilidade é fazer o máximo em tudo o que for empreendido. A chave para todos esses assuntos de impecabilidade é o sentido de não ter tempo. Via de regra, sentir e agir como um ser moral que tem todo o tempo do mundo é não ser impecável.
A auto confiança de um guerreiro não é a mesma do homem comum. O homem comum busca a certeza aos olhos do espectador e chama isso confiança. O guerreiro busca a impecabilidade a seus próprios olhos e chama isso humildade. O homem comum está agarrado a seus semelhantes, enquanto o guerreiro só se agarra a si mesmo. A diferença entre os dois é notável. A confiança em si, significa saber algo com certeza; a humildade significa ser impecável em suas ações e sentimentos.
Um guerreiro aceita seu destino, seja qual for e o aceita na mais total humildade. Aceita com humildade aquilo que ele é, não como fonte de pesar, mas um desafio vivo, enquanto que o homem comum aceita tudo como uma benção ou uma praga.
É preciso para cada um de nós, compreender esse ponto e vive-lo plenamente. A humildade de um guerreiro não é a humildade de um mendigo; o guerreiro não curva a cabeça para ninguém, mas ao mesmo tempo não permite que ninguém curve a cabeça para ele. O mendigo ao contrário, prosta-se de joelhos por qualquer coisa e lambe as botas de quem ele considera seu superior, mas ao mesmo tempo exige que alguém que lhe seja inferior lhe lamba as botas.
Um guerreiro vai se deparar com toda espécie de obstáculo e desapontamentos para o obrigar a abandonar a busca da totalidade de si. O antídoto é agir persistentemente, sem reservas, não deixando que seus velhos hábitos e rotinas o atrapalhem. Para ter êxito em alguma coisa ou sucesso, deve chegar devagar com muito esforço, mas sem tensões nem obsessão.
Um guerreiro ao olhar para seu passado, percebe que hoje faz coisas, que lhe pareceriam impossíveis há dez anos atrás. Essas coisas em si não mudaram, mas sua concepção de si mudou. O mundo é isso e aquilo, porque falamos conosco dizendo que ele é isso e aquilo. As coisas só são reais depois que resolvemos concordar com sua realidade. O diálogo interno é o que nos prende ao mundo e modificar a concepção do mundo é o ponto nevrálgico da feitiçaria. Parar o diálogo interno é o único meio de conseguir isso. Quando um guerreiro aprende a Pará-lo, tudo se torna possível; os planos mais rebuscados se tornam exeqüíveis e se abre o caminho para todas as experiências fantásticas e sobrenaturais.
Uma das técnicas para se aprender a desligar o diálogo interno é caminhar percorrendo longos trechos, sem focalizar os olhos em coisa alguma. Nada deve ser olhado diretamente; deve-se envesgar ligeiramente os olhos para se obter uma visão periférica de tudo. Conservar os olhos não focalizados logo acima do horizonte, torna possível observar de uma só vez, tudo que está no campo de visão de quase cento e oitenta graus diante dos olhos.
Alívio, refúgio, medo são estados de espírito que aprendemos sem jamais questionar seus valores: isso é escravidão. O caminho do guerreiro traz a liberdade; ela é dispendiosa, mas o preço não é impossível.
Um guerreiro começa com a certeza começa com a certeza de que seu espírito está desequilibrado. Aí vivendo num controle e consciência completos, faz o máximo para conseguir esse equilíbrio. Nada há nesse mundo que um guerreiro não possa enfrentar, o pior já lhe aconteceu, nada tem a perder, pois já se considera morto.
O caminho do conhecimento é assustador, mas se um guerreiro aceita a natureza assustadora do conhecimento cancela o pavor que ele possa inspirar.
Um guerreiro age como se estivesse controlado, mesmo que esteja tremendo por dentro. Agir desse modo desfaz a obsessão. Ele age como se nada tivesse acontecido, porque não acredita em nada e no entanto aceita tudo pelas aparências. Aceita sem aceitar e despreza sem desprezar. Nunca acha que sabe, nem sente que nada aconteceu. Este é o método do guerreiro, é o método correto.
Existem outros três métodos que são maus hábitos, que usamos repetidamente quando nos defrontamos com situações desconhecidas na vida.
Primeiro, podemos não levar em consideração o que está acontecendo ou já aconteceu e sentir que nunca aconteceu. Esse é o método do fanático.
Segundo, podemos aceitar tudo pela aparência e sentir que sabemos o que está se passando. Esse é o método do devoto.
Terceiro, podemos ficar presos a um fato porque não conseguimos despreza-lo, nem conseguimos aceitá-lo totalmente. Esse é o método do tolo.
Os guerreiros não conquistam suas vitórias, batendo com a cabeça de encontro aos muros e sim conquistando os muros. Os guerreiros saltam por cima dos muros; não os destroem.
Colóquio Internacional “Élisée Reclus e a Geografia do Novo Mundo”
Já estão confirmadas as presenças de renomados professores e pesquisadores de várias partes do mundo, especialistas em Reclus e sua obra, tais como: Prof. Dr. Philippe Pelletier (Université Lyon 2), Profª. Drª. Béatrice Giblin (Université Paris 8), Dr. Federico Ferretti (Universidades de Bolonha, Itália, e París 1, França), Profª. Drª. Marie-France Prévôt-Schapira (Universidade de París 8, França), Profª. Drª. Teresa Vicente Mosquete (Universidade de Salamanca, Espanha), Prof. Dr. Kent Mathewson (Universidade de Luisiana, EUA) e professores convidados brasileiros. Haverá espaços para inscrição de trabalhos e apresentações de grupos de estudos e pesquisas relacionados ao Anarquismo e à Geografia.
Convidamos todos a participarem do evento, seja apresentando trabalho baseado em pesquisa sobre este grande geógrafo anarquista francês, ou inscrevendo-se como ouvinte.
Para maiores informações visite o site: http://reclusmundusnovus.wordpress.com/
terça-feira, 19 de julho de 2011
Cholos y Manos
Delinquência acadêmica
Por Walter Hupsel
Na semana passada, a Ordem dos Advogados do Brasil divulgou as 90 faculdades que conseguiram a proeza de não ter nenhum dos seus alunos aprovados no exame da Ordem. SIM, é uma proeza quase heróica não ter NENHUM dos seus alunos aprovados. Fico mesmo imaginando uma pegadinha, Ivo Holanda aparecendo na sede nacional da OAB e rindo à beça dos togados.
Mas não, infelizmente não foi “pegadinha”, mas sim o retrato cru da realidade do ensino superior brasileiro, na sua expansão a todo e qualquer custo promovida pelo recém falecido, e por isso canonizado, o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza.
Ali, mais do que expandir o ensino universitário, Paulo Renato o loteou, rifou e o massificou com todas as características que isso tem de pior. A maior parte da expansão foi feita apenas pelo viés da mercantilização, sem nenhuma outra preocupação.
A equação era simples para os aventureiros do ensino superior: Entra dinheiro, sai diploma. Uma compra vantajosa, com a grande vantagem de ser parcelada em 48 meses, e sem juros. Mas no meio do caminho havia uma pedra. Como toda entrega de produto, a logística é fundamental e atrasos são mal vistos pois atestam a incompetência da empresa.
Neste caso, a pedra responsável pelo atraso tem nome. Professor. É ele quem pode “atrapalhar” o aluno na consecução do seu objetivo imediato, a compra parcelada do diploma que, segundo as propagandas, catapultariam esses estudantes a uma vida confortável, com bons salários , carro zero km na garagem e as contas em débito automático, o sonho da classe média brasileira.
Se o atraso persiste, a empresa de venda parcelada de diplomas começa a ter problema com seus clientes, e corre o risco de perdê-los. Na lógica mercantil dessa educação, isso implica menor lucro. Logo, racionalmente, a melhor saída é diminuir ou mesmo tirar a pedra do caminho.
Assim, e sem meias palavras, todas as pressões recaem sobre o professor. Direção, alunos e, creiam, muitas vezes os pais vão à coordenação reclamar de notas de alunos. Vejam bem, estou falando de minha experiência pessoal, como professor universitário, dando aulas pra alunos de, em média, 20 anos.
Nesse círculo deletério, o professor é praticamente impedido de fazer o seu trabalho, de ensinar a matéria e cobrar leitura e resultado dos alunos. Quando ousa dizer que um aluno não está apto, é pressionado a “reconsiderar” sua avaliação. Em muitos casos são demitidos por, vejam só, cumprir sua obrigação ética.
Mas o discurso de “melhorar de vida”, a propaganda de ascensão social continua, e atrai clientes. A leniência da instituição de “ensino” é corroborada por alunos que sabem da aprovação, sabem que o contrato de entrega da mercadoria em 48 meses terá que ser cumprido. Resulta óbvio: finge-se que ensina, finge-se que aprende. Quem tenta não fingir está no lugar errado, infelizmente.
Assim a deliquência acadêmica continua, ad eternum. E os cofres não param de encher, para júbilo dos empresários “educacionais”, e infortúnio dos alunos, dos professores e, mais, da educação superior no Brasil.
O sonho do carrinho zero km, das contas em débito automático não se realiza. Demora, mas esses alunos, principalmente os dedicados e esforçados, percebem que foram vítimas de estelionato. Que agradeçam ao finado ex-ministro.
P.S. Vejam aqui a lista destas “faculdades”. Em uma delas comecei minha carreira de professor universitário. Fui demitido por reprovar alunos. Devia estar feliz, me sentir vingado, mas não estou.
sábado, 9 de julho de 2011
O dia em que Exú encontrou Nhandía.
ps- estou sem alguns acentos...rs
sexta-feira, 8 de julho de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
primeira lição da tristeza
quando triste acordares, amiga
não amaldiçoes o próximo ainda longe
nem o gato, insistentemente a mirar sob a varanda
quando a tristeza te acordar, amiga
apenas te entregues, inteiramente
ao que há de mais belo numa manhã grávida de tristezas...
Nuno Gonçalves
Era linda.
São dados na batida certa da cura.
Beirando a perfeição.
É pulsação, respiração, cadência.
É aquilo que a gente precisa.
O tempo no espaço entre um toque e outro.
Cadência, respiração, pulsação.
Dia desses encontrei um.
Pensei que seria a batida frenética da salsa.
Será?
"Mas eu sou do samba", pensei.
Engano...
Também sou.
E ela tá longe, lá com ele.
Com alguém... nem responde.
Deixa disso então.
Aprende mais. Aprende de outra.
Pulsação, respiração, cadência.
É diferente do ziriguidum, mas é pegada.
Foi salsa ou foi cumbia?
Só foi.
Sim, mas em outro compasso.
Cadência, respiração, pulsação.
Linda.
Eu aqui só marcando o tempo.
Vem o passo, ainda com, passo.
Marcando o novo, o tempo, do passo, de melhor compasso.
Encanto.
México. Lindo. Mexica.
Bela, encanta, me canta.
Eu marco, de novo, seus passos.
Você vem.
Eu vou.
Linda.
Ah!
Quando a gente vira tio mesmo.
domingo, 3 de julho de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
A luta para cruzar o México. Parte II
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Contribua para a criação do mais novo espaço autônomo em São Paulo!
Mas antes de falar dele, vamos nos apresentar pra quem não nos conhece.
Quem somos?
O Autônomos FC, ou Auto como é carinhosamente chamado, é um time de futebol autogerido criado em 2006 por um grupo de punks, anarquistas e ativistas de São Paulo. Desde a sua criação, o Auto sempre tentou viver o futebol de uma maneira coletiva, sem hierarquias, com decisões coletivas e com abertura para todos e todas.
Hoje, 5 anos depois, temos dois times de futebol de campo masculino, um de futsal feminino e nos arriscamos em jogos mistos em diversas modalidades também. A partir de então, passamos a nos chamar Autônomos & Autônomas FC.
Por alguns anos pensamos estar sozinhos nessa coisa de futegol autogerido. Mas em 2009 descobrimos um time inglês, o Easton Cowboys & Cowgirls, que desde 1992 está na mesma sintonia! Depois de visitarem os palestinos e os zapatistas em Chiapas, em 2009 foi a vez de estarem por aqui pra jogar e trocar experiências conosco. Então, em 2010, foi a nossa vez de jogar, na cidade de Yorkshire, Inglaterra, a Copa do Mundo Alternativa, evento organizado por times europeus com os mesmos moldes do Auto e que acontece todo ano. Um encontro até então europeu de diversas pessoas e movimentos sociais não-hierárquicos, que tivemos a chance de conhecer nos 10 dias que ficamos por lá e por Bristol, cidade natal do Easton. Lá conhecemos e estabelecemos contatos com muita gente e muita coisa que trouxemos pro nosso dia-a-dia aqui.
Aqui, participamos em São Paulo de lutas e eventos com diversos movimentos sociais e grupos culturais, como o Movimento pelo Passe Livre, a Frente de Luta por Moradia, o Bloco Carnavalesco Filhos da Santa e a Associação Nacional dos Torcedores. E em 2012, junto ao Club Social Atlético y Deportivo Che Guevara, time hermano de ideais semelhantes aos nossos da província de Córdoba, na Argentina, estaremos organizando a primeira Copa América Alternativa!
Somos, pra além de time, um coletivo. E tentamos pensar e praticar nossas relações de uma forma horizontal, libertária, diferente da imposição hierárquica e individualista que domina o cotidiano de quase todos pelo planeta.
A idéia de ter uma sede, a Casa Mafalda, deriva da necessidade de um lugar no espaço para fortalecer essa relações. Um lugar como foram tantos outros que acabaram por terminar, como o Ay Carmela e o Espaço Impróprio.
Achamos esse lugar: é o Estúdio Fábrica Lapa, na Rua Clélia, 1745 (www.estudiofabricalapa.net), na Lapa, bem próximo ao nosso campo, o CDM Bento Bicudo.
Agora, precisamos de ajuda pra que o projeto se materialize.
Como?
Simples. Pra adquirir o ponto do local (ou seja, toda a estrutura que ele já tem e que comporta shows, festas, debates, palestras, oficinas, exposições e o que mais quisermos), nós precisamos arrecadar até o dia 01 de agosto R$ 60 mil (pra pagá-lo à vista) ou R$ 35 mil de entrada, com o resto sendo pago em parcelas (o que, esperamos, consigamos fazer com o próprio movimento do espaço).
No momento, temos R$ 15 mil. Precisamos, portanto, de no mínimo mais R$ 20 mil.
A idéia pra arrecadar essa grana é bem simples: um sistema de apadrinhamento/amadrinhamento da casa.
Funciona assim: você escolhe na lista abaixo quanto pode doar e recebe em troca uma recompensa, que pode ser horas de ensaio (caso você tenha banda), datas grátis pra eventos ou mesmo entrada livre na casa. E se você não é de São Paulo ou não costuma frequentar esse tipo de espaço mas apóia completamente a existência deles, pode contribuir e ganhar de volta uma camista da campanha do Autônomos & Autônomas FC pela sede (algo como “Casa Mafalda – eu também construí!”) e outros materiais do time.
A sua doação pode ser feita de duas formas: com um depósito na conta poupança que disponibilizaremos para isso, cujo extrato estará toda sexta-feira em nosso site para conferência de todos os padrinhos e madrinhas, ou com uma doação pelo sitewww.vakinha.com.br, caso você se sinta mais seguro/a fazendo assim.
Segue, então, a nossa lista de doações. E claro que se você quiser doar sem precisar de nada em troca, apenas pelo amor à camisa, ficaremos extremamente contentes!
Todos os padrinhos e madrinhas terão seus nomes em uma das paredes da casa!
R$ 10 – entrada livre em 2 shows ou eventos
R$ 20 – entrada livre em 5 shows ou eventos OU 2 horas de ensaio
R$ 50 – entrada livre em até 20 shows ou eventos e/ou 1 a 6h de ensaio
R$ 100 – entrada livre em até 50 shows ou eventos e/ou 1h a 12h horas de ensaio
R$ 250 – uma data grátis para show/evento/festa OU 30h horas de ensaio, limitadas em 10h por mês
R$ 500 – vale de R$ 500 para entrada em festas/shows/eventos OU 100 horas de ensaio, limitadas em 10h por mês OU três datas grátis para show/evento/festa, limitadas a 1 por mês
Acima de R$ 1000 – passe livre vitalício em festas/shows/eventos E passe livre vitalício no estúdio de música, limitadas em 10h mensais, OU datas grátis para festas/shows/eventos, limitadas a 4 por ano
Conta poupança para fazer a doação (não se esqueça de depois mandar um email para autonomosfc@gmail.com com seu nome, o valor e a data do depósito):
Banco do Brasil
Ag. 1894-5
Conta Poupança (01) 15943-3
Danilo Heitor Vilarinho Cajazeira
CPF 324.950.348-70
Site do Vakinha.com com o nosso projeto:
http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=40184
Como eu sei que isso vai dar certo?
Bom, o Estúdio Fábrica Lapa já existe e já dá certo há 3 anos. O que nós pretendemos é agregar novas atividades ao espaço, transformar ele de estúdio em centro cultural. Mas sem deixar de abrir as portas pra quem já faz coisas por lá, pelo contrário: a idéia é não deixar o espaço morrer e trazer mais gente pra dentro dele.
Se eu doar, quando eu posso ter minha recompensa?
O espaço só será nosso a partir de agosto. Portanto, a partir de agosto poderemos retribuir nossos padrinhos e madrinhas. Mas claro que desde já podemos ir agendando as coisas, com calma.
E se não arrecadar os R$ 35 mil necessários?
Acreditamos que vamos conseguir. Se não conseguirmos, teremos duas opções: pegar um empréstimo bancário ou desistir e devolver a grana a todos que doaram. A primeira é bem mais provável que a segunda, mas estamos confiantes que com a ajuda de todos poderemos dispensar as duas.
Dá pra conhecer o espaço antes de doar?
Sim, dá. Sempre rolam eventos por lá, é só ficar esperto no estudiofabricalapa.net. Dia 23/06 agora, por exemplo, nós do Auto estaremos fazendo um show:http://img.photobucket.com/albums/v415/mandioca/autonomos/flyerlogo.jpg ouhttp://www.autonomosfc.com.br/blog/2306-venha-conhecer-a-casa-mafalda
Porque Casa Mafalda?
Quando o Auto deixou o futebol society (ou futebol sete para alguns) para jogar na tradicional várzea paulistana, nosso primeiro campo foi na zona leste da cidade, próximo a um bairro chamado Chácara Mafalda.
Como nossa torcida na época era majoritariamente composta pelas namoradas e amigas dos jogadores e torcedores, em homenagem à elas e ao bairro escolhemos como mascote a personagem Mafalda, do cartunista argentino Quino, uma menina que questiona de forma bem humorada os pais e a todos sobre os problemas sociais, políticos e morais da humanidade.
Com o surgimento do nosso time feminino, a idéia ficou ainda mais forte, e nada mais justo do que nomear nossa casa, palavra no feminino, com o nome de nossa mascote.
Mais sobre o Autônomos & Autônomas FC
Se você quiser saber mais sobre o Auto, jogar com a gente, fazer parte da torcida, conhecer o espaço da futura Casa Mafalda ou mesmo trocar qualquer idéia, entre em contato:
www.autonomosfc.com.br
autonomosfc@gmail.com
(11) 9506-9920
Aqui há uma pequena reportagem feita pelo Carlos Carlos, do programa Bola & Arte (http://bolaearte.wordpress.com), para a TVT: http://digi.to/LI2AR
Entre em contato. Estamos sempre abertos a novas propostas. De repente você quer começar um time de basquete do Auto…
Contamos com a sua ajuda para que no dia 06 de agosto possamos fazer a grande inauguração do Espaço Autônomo Casa Mafalda!
Vamo Auto!
autonomosfc@gmail.com
Passeatas diferentes
Por que alguém desfila para pedir não liberdade para si mesmo, mas repressão para os outros?
DOMINGO PASSADO, em São Paulo, foi o dia da Parada Gay.
Alguns criticam o caráter carnavalesco e caricatural do evento. Alexandre Vidal Porto, em artigo na Folha do próprio domingo, escreveu que, na luta pela aceitação pública, "é mais estratégico exibir a semelhança" do que as diferenças, pois a conduta e a aparência "ultrajantes" podem ter "efeito negativo" sobre o processo político que leva à igualdade dos homossexuais. Conclusão: "O papel da Parada é mostrar que os homossexuais são seres humanos comuns, que têm direito a proteção e respeito, como qualquer outro cidadão".
Entendo e discordo. Para ter proteção e respeito, nenhum cidadão deveria ser forçado a mostrar conformidade aos ideais estéticos, sexuais e religiosos dominantes. Se você precisa parecer "comum" para que seus direitos sejam respeitados, é que você está sendo discriminado: você não será estigmatizado, mas só à condição que você camufle sua diferença.
Importa, portanto, proteger os direitos dos que não são e não topam ser "comuns", aqueles cujos comportamentos "caricaturais" testam os limites da aceitação social.
Nos últimos anos, mundo afora, as Paradas Gays ganharam a adesão de milhões de heterossexuais porque elas são o protótipo da manifestação libertária: pessoas desfilando por sua própria liberdade, sem concessões estratégicas. É essa visão que atrai, suponho, as famílias que adotam a Parada Gay como programa de domingo. A "complicação" de ter que explicar às crianças a razão de homens se esfregarem meio pelados ou de mulheres se beijarem na boca é largamente compensada pela lição cívica: com o direito deles à diferença, o que está sendo reafirmado é o direito à diferença de cada um de nós.
O mesmo vale para a Marcha para Jesus, que foi na última quinta (23), também em São Paulo. Para muitos que desfilaram, imagino que a passeata por Jesus tenha sido um momento de afirmação positiva de seus valores e de seu estilo de vida -ou seja, um desfile para dizer a vontade de amar e seguir Cristo, inclusive de maneira caricatural, se assim alguém quiser.
Ora, segundo alguns líderes evangélicos, os manifestantes de quinta-feira não saíram à rua para celebrar sua própria liberdade, mas para criticar as recentes decisões pelas quais o STF reconheceu a união estável de casais homossexuais e autorizou as marchas pela liberação da maconha. Ou seja, segundo os líderes, a marcha não foi por Jesus, mas contra homossexuais e libertários.
Pois é, existem três categorias de manifestações: 1) as mais generosas, que pedem liberdade para todos e sobretudo para os que, mesmo distantes e diferentes de nós, estão sendo oprimidos; 2) aquelas em que as pessoas pedem liberdade para si mesmas; 3) aquelas em que as pessoas pedem repressão para os outros.
O que faz que alguém desfile pelas ruas para pedir não liberdade para si mesmo, mas repressão para os outros?
O entendimento trivial desse comportamento é o seguinte: em regra, para combater um desejo meu e para não admitir que ele é meu, eu passo a reprimi-lo nos outros.
Seria simplório concluir que os que pedem repressão da homossexualidade sejam todos homossexuais enrustidos. A regra indica sobretudo a existência desta dinâmica geral: quanto menos eu me autorizo a desejar, tanto mais fico a fim de reprimir o desejo dos outros. Explico.
Digamos que eu seja namorado, corintiano, filho, pai, paulista, marxista e cristão; cada uma dessas identidades pode enriquecer minha vida, abrindo portas e janelas novas para o mundo, permitindo e autorizando sonhos e atos impensáveis sem ela. Mas é igualmente possível, embora menos alegre, abraçar qualquer identidade não pelo que ela permite, mas por tudo o que ela impede.
Exemplo: sou marido para melhor amar a mulher que escolhi ou sou marido para me impedir de olhar para outras? Não é apenas uma opção retórica: quem vai pelo segundo caminho se define e se realiza na repressão -de seu próprio desejo e, por consequência, do desejo dos outros. Para se forçar a ser monogâmico, ele pedirá apedrejamento para os adúlteros: reprimirá os outros, para ele mesmo se reprimir. No contexto social certo, ele será soldado de um dos vários exércitos de pequenos funcionários da repressão, que, para entristecer sua própria vida, precisam entristecer a nossa.
ccalligari@uol.com.br